Viver

'Quando vou caminhar, ouço 'viado, vai pra Cuba'', diz Chico Buarque em estreia de turnê

Cantor pediu que público gritasse 'Fora, Temer!' mais alto

Artista se apresentou no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Foto: Ana Clara Brant/EM

Em show no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (13), Chico Buarque se pronunciou sobre os ataques que recebe pelo seu posicionamento político. A capital mineira foi escolhida pela segunda vez para abrir a turnê nacional do compositor, Caravanas, que chega em janeiro ao Rio e em março a São Paulo. Depois que o público puxou gritos de "Fora, Temer!", o artista afirmou que costuma ser chamado de "viado". 

Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre 

"Tem que gritar mesmo! E para ouvir. No começo, não ouvi direito porque estou usando fones de ouvido. Aliás, acho que vou passar a usar esses fones permanentemente lá no Rio, onde eu gosto de caminhar. Moro num bairro carioca onde mora muita gente fina. Quando caminho, eu ouço frases como 'Viado! Vá para Cuba. Viado! Vai passear em Paris'. O único consenso é o viado", disse, antes de entoar Gota d'água

Foi com Minha embaixada chegou, de Assis Valente, que o cantor e compositor pediu passagem e foi aplaudido de pé quando as cortinas se abriram. Além das nove faixas do disco novo, Caravanas (Tua cantiga, Blues pra Bia, A moça do sonho, Jogo de bola, Massarandupió, Dueto, Casualmente, Desaforos e As caravanas), Chico interpretou clássicos da carreira como Retrato em branco e preto, Iolanda, Partido alto, Todo sentimento e Sabiá. A apresentação - que começou com 25 minutos de atraso - teve ainda três bis: Geni e o zepelim, Futuros amantes e Paratodos

O artista estava acompanhado do maestro, arranjador e violonista Luiz Claudio Ramos, de João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (contrabaixo), Marcelo Bernardes (flauta e sopros) e o baterista Jurim Moreira que substitui Wilson das Neves, que morreu em agosto, aos 81 anos. Aliás, Chico não deixou de reverenciar o mestre. Colocou um chapéu Panamá e cantou Grande hotel (Wilson das neves e Chico Buarque). 

Acompanhe o Viver no Facebook: 

[VIDEO1] 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...