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João Bosco repudia uso de música na operação da PF em universidade
Músico criticou condução coercitiva de reitor realizada pela Polícia Federal
"Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal", aponta Bosco, que diz ter ficado indignado ao receber a notícia.
"Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de 'Esperança equilibrista', em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira", continua o músico, afirmando que a canção é um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. "Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental", afirma.
No texto, João Bosco diz ver nas medidas, que considera violentas, "um ato de ataque à universidade pública". Segundo ele, a ação ocorre num momento em que o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições. "Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar", defende.
Confira a nota de repúdio de João Bosco na íntegra:
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