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Arte STF autoriza condução coercitiva de curador de exposição censurada Gaudêncio Fidélis, responsável pela Queermuseu, já se dispôs a depor na CPI dos Maus-Tratos, mas teme que senadores o levem à força

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 20/11/2017 12:23 Atualizado em: 20/11/2017 15:15

Fidélis acredita que a condução coercitiva faria com que ele fosse "vinculado à prática de crimes de pedofilia". Foto: Facebook e Quermuseu/Reprodução
Fidélis acredita que a condução coercitiva faria com que ele fosse "vinculado à prática de crimes de pedofilia". Foto: Facebook e Quermuseu/Reprodução

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou eventual condução coercitiva de Gaudêncio Cardoso Fidélis para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos em crianças e adolescentes, no Senado. Gaudêncio é curador da Queermuseu: Cartografias da diferença na arte da brasileira, encerrada um mês antes do previsto, em Porto Alegre, após ser alvo de protestos de grupos conservadores, como o Movimento Brasil Livre (MBL). 

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Moraes indeferiu um pedido feito pela defesa de Fidélis para barrar a condução à CPI, que ocorre quando a pessoa solicitada se recusa a comparecer - o que não seria necessário, uma vez que o curador havia se comprometido a depor. Ser levado à força faria com ele fosse "publicamente vinculado à prática de crimes de pedofilia, por meio de uma condução coercitiva abusiva e vexatória, o que resultará em inequívoco abalo à sua honra e imagem profissional desde sempre idônea e reta", de acordo com a defesa. 

Em 27 de setembro, Fidélis foi convocado para depor no dia 4 de outubro, mas pediu um adiamento por não ter tempo para se preparar. A nova convocação, divulgada no dia 9 de outubro, fazia vista à condução coercitiva. A mesma CPI, presidida pelo senador Magno Malta (PR-ES), também pediu condução coercitiva para Wagner Schwartz, autor da performance La bête no MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), mas a ação foi impedida por Alexandre de Moraes. 

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