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Filme Gabriel e a Montanha reconta trajetória de brasileiro que morreu em expedição na África

Produção nacional baseada em história real ganhou prêmio Revelação na Semana da Crítica em Cannes



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Amigo de infância de Gabriel, Fellipe havia perdido o contato à época da expedição e, decidiu, com o filme, refazer os passos de Buchman. O cineasta e equipe circularam pelo Quênia, Zâmbia, Tanzânia e Malaui, utilizando como locações os pontos visitados pelo economista, interpretado no longa por João Pedro Zappa. "Foi uma espécie de reencontro", diz o cineasta sobre a realização do projeto.  

O roteiro foi elaborado com o auxílio de correspondências trocadas entre Gabriel, sua mãe e namorada, além de contar com pesquisa junto a amigos e pessoas que entraram em contato com ele ao longo da viagem. "Difícil foi não tê-lo para contar a história dele", ressalta Barbosa. "Com a família, peguei o lado 'sagrado' dele. Com os amigos, o 'mundano': as contradições, as imperfeições, as sombras", relata Zappa sobre a pesquisa para o papel. "A melhor homenagem que a gente podia fazer era não romantizar o personagem", acrescenta o ator.

Caroline Abras, que interpreta Cristina Reis, a namorada de Gabriel, diz que para evitar "contaminações" na hora de compor o personagem, não entrou em contato com outras pessoas próximas além da própria Cristina. "Eu poderia ter conhecido a família do Gabriel e os amigos, mas preferi não carregar a impressão deles em relação a ela", conta.  

Muitos dos personagens vistos no filme são pessoas que entraram em contato com o brasileiro e estão representando a si mesmos, reencenando os momentos que tiveram com Gabriel. Outro fator que reforça o senso de realismo da narrativa é a realização de alguns dos feitos realizados por Gabriel. O protagonista, João Pedro Zappa, escalou as montanhas visitadas por Buchmann; até mesmo a subida ao Kilimanjaro, o ponto mais alto da África, foi feita, em 18 dias de caminhada e situações extremas para toda a equipe de produção.

Vencedor do prêmio Revelação na Semana da Crítica em Cannes deste ano, Gabriel e a montanha foi reconhecido também no festival com o prêmio da Fundação Gan, de aporte para distribuição, e tem se saído bem no país, com quase 80 mil expectadores até agora. O longa é o segundo da carreira de Fellipe Barbosa, que lançou, em 2014, Casa grande.     

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