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Escritora e ilustradora Angela Lago morre aos 71 anos

Uma das mais importantes ilustradoras e autoras de livros infantis do país, a escritora mineira revolucionou a linguagem do gênero

A obra de Angela lago se destaca pela delicada articulação entre imagem e texto. Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press


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Nascida em Belo Horizonte, formou-se na Escola de Serviço Social da PUC-MG. Viveu nos Estados Unidos, na Venezuala e na Escócia. De volta ao Brasil, em 1975, dedica-se à literatura infantil. Seus livros trazem uma linguagem inovadora, mesclando referências das artes plásticas contemporâneas à tradição popular brasileira, além de textos poéticos.

A obra de Angela lago se destaca pela delicada articulação entre imagem e texto, criando sentidos que superam a mera ilustração. Lançou seus primeiros livros em 1980 e sua produção é bastante vasta, explorando diferentes recursos gráficos de espaço e tempo de maneira inovadora.

Foi também pioneira no uso das narrativas na internet e atuou como tradutora. Colaborou com inúmeros escritores e artistas mineiros, ilustrando e fazendo parcerias em publicações. Em 2016, lançou um livro de poemas – ‘O caderno do jardineiro’ – com imagens de plantas e fruto de sua vivência em Biribiri, distrito de Diamantina, onde morou.
 
Homenagem 
O escritor Afonso Borges, idealizador do Sempre um papo, lametou a partida da escritora e afirmou que ela seria homenageada na próxima edição da Fliaraxá, que acontece de 15 a 19 de novembro em Araxá. Não o foi devido a um acidente doméstico, mas era o nome previsto para a edição do ano que vem. "Domingo com cigarras cantando, antes do meio dia. Os antigos dizem que isso é anúncio de temporada de chuva muita. Mas o canto das cigarras chega com outro anúncio: Angela Lago ficou encantada", escreveu em seu perfil do Facebook. 

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