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Teatro do Parque recebe vistoria de comissão criada para acompanhar reforma

Visita foi guiada por representante da Prefeitura do Recife, que administra o equipamento cultural, e é consequência de pressão popular para reabertura do local

Palco e plateia, coberta por plástico preto, do Teatro do Parque, após quase sete anos sem uso. Crédito: Beto Figueiroa/Divulgação/Gabinete do vereador Ivan Moraes Filho


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A formação da comissão permanente, assim como a visita desta quinta, foram consequências da audiência pública realizada na Câmara de Vereadores do Recife em 24 de agosto, dia em que o Teatro do Parque completou 102 anos. Após a visita ao teatro, integrantes da comissão foram ao Ministério Público de Pernambuco para entregar material relativo à Virada Cultural do Teatro do Parque, que aconteceu no último dia 26. Os itens vão reforçar os autos da ação civil pública que pede a abertura imediata da casa de espetáculos. "A Virada provocou uma intensa movimentação, que vamos transmitir à Justiça, a fim de que a ação seja apreciada. O Teatro do Parque está abandonado, e junto com ele se deteriora um acervo cultural incalculável devido à falta de decisão política, uma vez que o município não dá prioridade a essa obra", lamentou o promotor de Justiça do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico-Cultural do MPPE, Ricardo Coelho. A comissão também planeja realizar, no último fim de semana de outubro, um leilão de obras de artistas plásticos locais para financiar a segunda edição do evento, ainda sem data para acontecer.

Espelhos do foyer do teatro foram retirados e só restaram as paredes. Crédito: Beto Figueiroa/Divulgação/Gabinete do vereador Ivan Moraes Filho

ENTENDA O CASO

O Teatro do Parque foi fechado para reforma em dezembro de 2010, ainda na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT). Desde 2013 grupos da sociedade civil têm se mobilizado para pressionar a Prefeitura do Recife a reabrir o local. O início da reforma do equipamento cultural, um dos mais importantes da cidade, foi finalmente anunciado em 2014.

As obras começaram, a passos lentos, em janeiro de 2015, com previsão de término para dezembro de 2016, o que não foi cumprido. Uma primeira fase das obras foi concluída em julho do mesmo ano e, há exatamente dois anos, a requalificação está parada. Ainda em 2015, o Ministério Público de Pernambuco já havia pedido esclarecimentos à Prefeitura do Recife sobre o andamento das obras. Até agora, foi gasto R$ 1,1 milhão para substituir o madeiramento, telhas, calhas e rufo do telhado, além de troca da fiação elétrica e serviços de drenagem.

Em 2015, o espaço cultural completou cem anos de portas fechadas, o que motivou mais protestos da classe artística da cidade. Em agosto deste ano, a PCR publicou o aviso de licitação de uma nova etapa da reforma, com previsão de conclusão em um ano e meio a contar da contratação da empresa responsável pelo serviço.

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