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Longa O Acampamento traz um thriller fragmentado e se distancia do óbvio

Filme de estreia de Damien Power conta com uma narrativa que se aproxima do cinema de terror

Damien Power estreia na direção de longas com a condução segura de uma trama fragmentada. Foto: Cineart Filmes/Divulgação


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Mas a direção segura de Power garante um thriller (que mais de uma vez esbarra no cinema de terror) distante dos sustos óbvios. O grande mérito é da própria narrativa, fragmentada. O acampamento conta a história de três grupos de pessoas. A do casal protagonista, Ian (Ian Meadows) e Samantha (Harriet Dyer), ele médico, ela escritora, abre a trama.

Os dois chegam ao local onde vão passar o ano-novo e descobrem que há uma outra barraca ali. Não leva muito tempo para verem que está vazia. Ficam se perguntando o que houve com as pessoas que a ocupavam. A tensão vai sendo construída aos poucos – na primeira meia hora de filme, nada realmente acontece.

Paralelamente ao tempo presente, acompanhamos, no passado, a família que ocupou a tal barraca nos dias anteriores ao seu desaparecimento. Pouco a pouco, assistimos ao que ocorreu com eles ao se encontrarem com a dupla de arruaceiros Chook (Aaron Glenane) e German (Aaron Pedersen). De beberrões a baderneiros eles vão se revelando verdadeiros psicopatas. E a violência explode, de maneira realista, sem qualquer artifício.

Na parte final, quando as histórias se unem e temos a narrativa exclusivamente no presente, não resta nada mais do que matar ou morrer. E Power filma a tentativa de sobreviver, de heróis e vilões, de maneira seca, sem glorificar vida ou morte. Diante disso, o terror é ainda maior.

Assista ao trailer de O acampamento:

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