Fusce pretium tempor justo, vitae consequat dolor maximus eget.
It: A coisa tem cenas violentas e elaboradamente assustadoras e elenco carismático
Confira os oito filmes que chegam aos cinemas neste feriado
Não existe explicação precisa para a coulrofobia, o termo psiquiátrico para denominar o medo de palhaços, mas a cultura pop pode ter contribuído na formação de um imaginário macabro relacionado às figuras circenses. Uma das representações mais populares veio do
escritor norte-americano Stephen King, cujo livro It: A coisa (1986) apresenta um perverso assassino escondido por camadas de maquiagem e um nariz vermelho. Pouco mais de três décadas após a publicação, o protagonista da obra é resgatado para os cinemas em filme homônimo, em cartaz a partir de hoje.
Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre
É a primeira adaptação propriamente cinematográfica do romance, mas o título já foi transformado em série televisava nos anos 1990, lançada no Brasil como telefilme intitulado It: Uma obra-prima do medo. Com três horas de duração, atuações fracas e efeitos visuais capengas, a primeira incursão não é memorável, mas transpôs a essência das mais de 1,1 mil páginas do livro.
Diferentemente da versão anterior de carne e osso do palhaço, o novo Pennywise, interpretado por Bill Skarsgård, deixa de lado qualquer traço de candura e ingenuidade emprestada por Tim Curry na encarnação antiga, caracterização pela transição entre facetas brincalhonas e expressões aterrorizantes. Essa mudança poderia ser encarada apenas como perda de sutileza, mas se mostra coerente com a atmosfera sombria criada pelo diretor Andy Muschietti (Mama).
Meses após ter o irmão mais novo desaparecido, o adolescente Bill (Jaeden Lieberher) reúne amigos para uma busca na rede de esgoto local. O garoto tem esperanças de que o caçula tenha ido parar lá, já que a criança foi vista pela última vez próxima a uma galeria pluvial, onde deixou um rastro de sangue. Chamado de Clube dos Perdedores, o grupo de adolescentes Ben (Jeremy Ray Taylor), Richie (Finn Wolfhard), Mike (Chosen Jacobs), Beverly (Sophia Lillis), Stanley (Wyatt Oleff) e Eddie (Jack Dylan Grazer) segue a jornada para elucidar o sumiço misterioso.
Longe de ser caso isolado, o desaparecimento é mais um de um longo histórico na pequena cidade de Berry, todos aparentemente relacionados ao sinistro Pennywise. Atraído pelo medo de suas vítimas, o palhaço persegue os possíveis alvos se manifestando na forma dos seus maiores temores. Sem abrir mão do sangue e da violência nem deixar de lado os aspectos mais fantásticos da trama, o filme oferece uma boa dose de cenas elaboradamente assustadoras.
A materialização dos pavores de cada uma das crianças, além de proporcionar bons momentos de terror, ajuda na construção dos personagens, embora em alguns momentos torne a narrativa fragmentada. Carismático, o elenco infantil cria um ótimo contraste ao clima constante de pesadelo. Com bons diálogos, pontuados por piadas que parecem realmente saídas da imaginação juvenil, os integrantes do Clube dos Perdedores emulam bem a química vista em produções ambientadas nos anos 1980, como Goonies, Conta comigo ou os mais recentes Super-8 e Stranger things. Aliás, Finn Wolfhard, da série da Netflix, é um dos trunfos do elenco e responsável por ótimas tiradas.
It: A coisa realiza algo raro em filmes de terror, o bom uso do humor, sem que o recurso diminua a sensação de medo construída nas sequências mais macabras. Assustador e divertido na mesma medida, o filme é uma boa adaptação da obra de Stephen King. Embora a trama se encerre no longa, ela não traz a íntegra do livro e, a depender do sucesso, deve ganhar continuação, ainda não oficializada, mas já em fase inicial de desenvolvimento.
%2b Outras estreias
Suspenses
Além de It: A coisa, dois filmes para fãs de suspense estreiam. Em 2:22: Encontro marcado, de Paul Currie, o protagonista é atormentado por mudanças na vida sempre no mesmo horário. Em O acampamento, o passeio de um casal vira uma luta por sobrevivência.
Eva não dorme
O fascínio por Evita Péron, primeira-dama da Argentina, morta em 1952, é tema do drama de Pablo Aguero com Gael García Bernal no elenco. A trama acompanha discursos dela, o falecimento, o embalsamento, o translado para a Europa após o golpe de estado e o retorno ao país.
Lino
Voltada para o público infantil e com vozes de Selton Mello, Paolla Oliveira e Dira Paes, a animação brasileira de Rafael Ribas é protagonizada por um animador de festas azarado e insatisfeito com o emprego, no qual se fantasia de gato. Ele procura um "mago", mas acaba transformado no animal.
O jantar
Em um sofisticado restaurante, uma conversa polida entre dois casais ganha contornos tensos quando eles começam a discutir sobre a investigação policial contra os filhos deles. O filme, inspirado no romance homônimo do holandês Herman Koch, foi exibido no Festival de Berlim.
Polícia Federal
Polêmico e com discurso construído no sentido de imputar culpa no ex-presidente Lula (interpetado por Ary Fontoura) e no PT, Polícia Federal: A lei é para todos, de Marcelo Antunes, se propõe a narrar os acontecimentos da Operação Lava-Jato sob a ótica dos profissionais envolvidos na investigação.
Últimos dias em Havana
O diretor Fernando Pérez presta homenagem ao clássico cubano Morango e chocolate, de Tomás Gutiérrez Alea. A capital de Cuba é ambiente para cenas sobre a relação entre dois amigos de personalidades opostas: Jorge, moribundo, mas bem-humorado, é cuidado por Patricio, de personalidade fria.
Acompanhe o Viver no Facebook:
[VIDEO1]
Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...