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Intolerância com obras de arte atingiu artistas pernambucanos como Cícero Dias

Censura à exposição Queermuseu, no Santander Cultural foi precedida por casos semelhantes de desagrado de parte do público com relação a obras de arte

Parte do painel Eu vi o mundo...e ele começava no Recife, de Cícero Dias. Crédito: CCBB/Divulgação


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Em 2004, o 45° Salão de Artes Plásticas de Pernambuco ganhou uma atenção inesperada a partir das reações à série de fotografias Fantasia de compensação, do artista visual Rodrigo Braga. O artista usou partes da cabeça de um rottweiler morto, as uniu a um molde de gesso e silicone de seu próprio rosto e, posteriormente, manipulou digitalmente as imagens, dando a impressão de ser um híbrido entre homem e cachorro. A obra, que abordava os limites entre realidade e ficção, levou o artista até a ser ameaçado por supostos maus-tratos ao cachorro, algo negado por Rodrigo.

Um episódio semelhante ao do Santander Cultural já havia acontecido no fim de 2011 no centro cultural Oi Futuro do Rio de Janeiro. A fotógrafa americana Nan Goldin, reconhecida como uma das mais influentes do mundo, teve uma exposição cancelada antes mesmo de sua abertura por apresentar uma série, Ballad of sexual dependency, com forte conteúdo sexual. Em algumas imagens, crianças apareciam ao lado dos pais, que estavam sem roupa. A mostra foi acolhida pelo Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), onde foi aberta em fevereiro de 2012, sendo um sucesso de público.

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