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Para Manuella, foi difícil acreditar que sua produção feita de forma intermitente, ao longo de nove anos, tivesse força suficiente para ser publicada, mas a descisão foi tomada após um exame de consciência para revisitar seus desejos. “Escrever sempre foi uma válvula de escape para mim. Eu tinha pensado em publicar, mas quando fui morar em uma comuna perto de Córdoba, o silêncio de lá me deu vontade de revisitar o material que eu já tinha. Alguns poemas foram escritos há muito tempo, e os deixei porque eles são o processo de empoderamento de uma vida inteira. Alguns poemas foram escritos por uma jovem mulher de 23 anos, outros por uma mãe solo e mais alguns por uma mulher que saiu do Recife para morar em uma cidadezinha de 8 mil habitantes”.
De acordo com Manuella, o objetivo do livro já foi cumprido, o de tirar sua obra do anonimato. “Por isso optei por batizar esse trabalho como o neologismo ‘desanônima’. Essa obra foi escrita a partir de mim, mas também com meu olhar empático com o mundo, de semear algo bom. Nesse processo de crescimento do conservadorismo, minha ideia é tentar resgatar a sensibilidade das pessoas, e eu só acredito na arte transformadora”.
Além do lançamento no Recife, Manuella vai a São Paulo e à Bienal Internacional do Livro, no Rio, para apresentar sua criação. Ano que vem, a publicação deve ser traduzida para o espanhol e lançada na Argentina e Espanha. Na esteira do lançamento de Desanônima, a poetisa também participa de uma coletânea chamada Pedaladas Poéticas, lançada pelo coletivo Psiu Poético, de Minas Gerais, com cerca de 30 poetas.
SERVIÇO
Lançamento do livro Desanônima, de Manuella Bezerra de Melo
Quando: Sexta, 25 de agosto, às 18h30
Onde: Museu do Estado - Avenida Rui Barbosa, 960, Graças
Preço do livro: R$ 32
Informações e pré-venda: www.autografia.com.br
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