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Homens hétero, brancos e malhados ainda são norma em Hollywood, conclui pesquisa

Estudo de universidade norte-americana apontou falha na representatividade de mulheres, negros, pessoas LGBT e outras minoras no cinema

De 100 filmes lançados em 2016, a pesquisa descobriu que apenas 31,4% dos personagens com falas eram mulheres. Foto: Marvel/Divulgação


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O estudo constatou que houve pouca ou nenhuma mudança na representatividade desses grupos minoritários ao longo dos anos, com permanência de "homens hétero, brancos e malhados como norma na telona". De 100 filmes lançados em 2016, a pesquisa descobriu que apenas 31,4% dos personagens com falas eram mulheres, enquanto pessoas que não são brancas representavam 29%. Dessas, 13,6% eram negras e 5,7%, asiáticas. O grupo de hispânicos foi o que teve piores números, com 3,1%. Jogando luz sobre gênero e diversidade sexual, 1,1% de personagens com fala eram gays, lésbicas ou transexuais. Apenas um desses filmes tinha um protagonista LGBT: o vencedor do Oscar Moonlight

Das produções analisadas, quase a metade não tinha nenhuma mulher negra como personagem com falas e cerca de dois terços repetia o problema com mulheres asiáticas ou hispânicas. Quanto a oportunidades de trabalho para mulheres e outros grupos minoritários em Hollywood, a análise viu uma questão já amplamente debatida na indústria: só 4,2% dos filmes de 2016 tinham diretoras - e nenhuma delas era negra. No total, foram contabilizados 1,438 mil criadores de conteúdo, entre escritores, diretores e produtores, dos quais 17,8% eram mulheres. 

"Esses são problemas contínuos e sistemáticos. É impossível olhar para esses dados e não concluir que grande parte da militância envolvendo representatividade midiática com o passar dos anos não foi bem sucedida. Essas descobertas revelam que o apagamento de diferentes grupos é aceitável para alguns - não precisamos analisar algo mais que um filme para enxergar uma visão da América que não existe mais. Os filmes revelam um retrato angustiante da realidade", avaliou a professora Stacy L Smith, que coordenou a pesquisa, em entrevista ao jornal britânico The guardian

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