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Oficinas, palestras e shows gratuitos marcam Festival Palavra Cifrada no Recife

A programação inclui, ainda, atividades com participação de nomes como Ricardo Aleixo (Visualidades poética), Fernando Monteiro (A ficção que existe no real), Thiago Corrêa (Cultura digital. Pra que isso?)

Grupo Autoajuda literária participa do bate-papo Escrever ficção não é bicho papão na mostra. Foto: Autoajuda/divulgação


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Neste primeiro dia, a partir das 19h, o pesquisador de cultura popular Meca Moreno ministra palestra sobre glosas, na Biblioteca Pública, seguida por apresentação dos poetas Clécio Rimas, Genildo Santana, Alexandre Morais, Allan Sales, Gleison Luiz Nascimento e Zé Adalberto. Na quinta-feira (13), às 9h, o escritor Fred Caju comanda, no Espaço Pasárgada, a oficina Elefantes na xícara - Exercícios de escrita minimalista. “Será um momento para reforçar a visão do leitor como coautor do texto. É mais do que uma oficina de escrita. Falamos, por exemplo, do espaço negativo dentro do texto”.

Fred Caju também fará performance poética na Estação Central do Recife (“algo teoricamente simples, mas que será um desafio para mim, uma pessoa tímida. Envolve mais silêncio do que barulho”) e participará de mesa ao lado de Philipe Wollney sobre literatura e editoração independente. “Embora a autopublicação não seja nada novo, a gente tem umas coisas que não são tão comuns, como isso de se apropriar dos meios de produção, de eliminar vários intermediários. Vamos problematizar algumas questões, falar sobre algo que parece simples mas não é tanto assim”, pontua Fred Caju, autor do livro de contos O revide das pequenas maldades (Castanha mecânica, R$ 25, 60 paginas), cujo lançamento será no festival.

Já a poetisa Cida Pedrosa, autora de obras como Claranã, Miúdos e Gume, estará ao lado de Renata Pimentel na mesa Literatura e empoderamento feminino. O tema, segundo ela, esteve presente em sua produção literária desde o primeiro livro. “No festival, quero discutir essa coisa sociológica de que existe tratamento diferente para os gêneros, do ponto de vista de mercado, de carreiras. Recentemente produzi o projeto Bicho Fêmea, deu visibilidade a sete poetisas com mais de 70 anos. São pessoas que não têm espaço. Existe um abismo real. É importante que as mulheres se empoderem da sua literatura e cortem esse espaço-tempo de machismo que existe no meio”, conclama.

A programação inclui, ainda, atividades com participação de nomes como Ricardo Aleixo (Visualidades poética), Fernando Monteiro (A ficção que existe no real), Thiago Corrêa (Cultura digital. Pra que isso?). O acesso a todas as atrações é gratuito, com exceção das oficinas, cuja inscrição custa R$ 50.

O festival tem orçamento de R$ 127 mil e uma programação bastante vasta. Como foi possível realizá-lo?

Sim, verdade, é um orçamento bem enxuto. Quando estava fazendo a elaboração do projeto, defini essa como uma das minhas propostas. Tenho incômodo com muitos eventos de grande porte, não necessariamente de literatura, que têm orçamentos muito grandes e você não vê para onde foi destinado o dinheiro, ainda mais com financiamento público. Foi também uma maneira de fazer uma provocação, de mostrar que, com baixo orçamento, dá, sim, para fazer muita coisa.

Como foi feita a curadoria da programação?

Os nomes foram pensados a partir do perfil artístico e pessoal. Buscamos um perfil denunciador, com uma pegada mais politizada. Pessoas que colocam nas suas obras críticas políticas, sociais, culturais. Trazemos nomes como Ricardo Aleixo, que tem relevância muito grande para a literatura brasileira, grandes poetas do Sertão do Pajeú para uma mesa de glosas, nomes como Fred Caju, um dos mais relevantes da nova geração, tanto como escritor quanto como editor independente.

 

PROGRAMAÇÃO

QUARTA

9h - Oficina: A poesia o corpo a rua, com Gleison Nascimento (Espaço Pasárgada)

19h - Palestra: Mas o que é mesmo uma glosa?!, Com Meca Moreno (Biblioteca Pública) e Mesa de Glosas, com Clécio Rimas, Genildo Santana, Alexandre Morais, Allan Sales, Gleison Nascimento, Zé Adalberto

QUINTA

9h - Oficina: Elefantes na xícara – Exercícios de escrita minimalista, Com Fred Caju (Espaço Pasárgada)

19h30 - Performance: Feminazi, com Silvana Meneses e Lançamento de disco: Círculo, com Helton Moura (Teatro Arraial)

SEXTA

14h – Aula-espetáculo infantojuvenil: Literatura de cordel e Sustentabilidade, com Allan Sales e Clécio Rimas (Biblioteca Pública)

16h - Contação de histórias: O touro azul e as canções, com Anaíra Mahin e Rildo de Deus (Biblioteca Pública)

15h - Oficina expositiva: Como organizar um evento literário realmente acessível?!, com Andreza Nóbrega (Espaço Pasárgada)

16h30 - Conversa: Literatura e editoração independente: Como se faz isso?, Com Fred Caju e Philippe Wollney (Espaço Pasárgada)

18h - Sarau em Pasárgada: Literatura e democracia, com Poetas convidados (Espaço Pasárgada)

19h– Bate papo e roda de leituras: Escrever ficção não é bicho papão, com grupo Autoajuda literária (Teatro Arraial)

20h15 – Show com Alex Guterres (Teatro Arraial)

SÁBADO

16h– Espetáculo Literário infantil: Pique-nique de poesia, com As trovadoras (Teatro Arraial)

17h50 - Conversa: A ficção que existe no real, com Fernando Monteiro e Thiago Pininga (Teatro Arraial)

18h – Conversa: Literatura e empoderamento feminino, com Cida Pedrosa e Renata Pimentel (Teatro Arraial)

19h10 – Conversa: Visualidades poética, com Ricardo Aleixo (Teatro Arraial)

20h20– Show com Flaira Ferro (Teatro Arraial)

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