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Virtual Obras de arte da Câmara dos Deputados já podem ser acessadas pela internet Visitantes da página também poderão passear pelo prédio

Por: Nahima Maciel - Correio Braziliense

Publicado em: 06/07/2017 13:24 Atualizado em:

Acervo da Câmara dos Deputados passa a integrar o projeto Google Arts&Culture, que disponibiliza passeios virtuais em museus. Foto: Amanda Borges/camara.leg.br
Acervo da Câmara dos Deputados passa a integrar o projeto Google Arts&Culture, que disponibiliza passeios virtuais em museus. Foto: Amanda Borges/camara.leg.br


O acervo de obras de arte da Câmara dos Deputados e parte das dependências do prédio projetado por Oscar Niemeyer dividem agora o mesmo espaço na rede mundial de computadores que o Museu do Louvre, em Paris, o Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, e a Tate Modern, de Londres. Desde a quarta-feira, um lote de 221 obras da instituição passaram a integrar a exposição Câmara dos Deputados no Google Arts&Culture, plataforma que reúne mais de 6 milhões de documentos de instituições do mundo inteiro.

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Acessível no link https://www.google.com/culturalinstitute/beta/partner/camara-dos-deputados-brasil, a exposição traz imagens de obras pertencentes ao Museu da Câmara, incluindo duas peças importantes: a pintura Tiradentes ante o carrasco (1951), de Rafael Falco, que está na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e Candangos, o enorme painel de 9 metros de comprimento pintado por Di Cavalcanti para o Salão Verde e inaugurado em 1960, junto com o prédio. Outras pinturas do acervo, assinadas por artistas como Glênio Bianchetti, Ivan Serpa e Aldemir Martins, também foram digitalizadas, assim como imagens de dezenas de objetos, mobiliário e peças históricas.

Além da exposição, os visitantes da página Câmara dos Deputados no Google Arts&Culture podem também passear pelo prédio. Com ajuda de um carrinho equipado com a mesma tecnologia utilizada para o Street View, os principais salões foram registrados em milhares de pequenas imagens para que o internauta tenha a sensação de caminhar pelo local. Além do plenário, é possível ver o lobby de entrada, pelo Salão Verde, no qual estão os painéis de Marianne Peretti e Athos Bulcão, e pelas salas de espera, com direito sempre a observar detalhes do ambiente aumentados em zoom graças ao registro em alta definição.

Em Brasília, a Câmara é a segunda instituição a entrar para o Google Arts&Culture, que já tem uma página com a digitalização em alta resolução de todas as obras da Fundação Athos Bulcão. No total, 46 instituições brasileiras já estão na plataforma. "A Câmara tem um acervo muito vasto e ainda não estão todas no projeto. Eles fizeram uma seleção das obras mais impactantes e significativas. Eles têm um material muito interessante e que, talvez, nem todo mundo conheça", diz Alessandro Germano, diretor de parcerias estratégicas do Google para a América Latina.

Boa parte do material já estava digitalizado, mas o Google ajudou a colocar em alta definição pelo menos 50 peças do acervo, incluindo as pinturas de Di Cavalcanti e Rafael Falco, para que os visitantes pudessem ter acesso aos detalhes das obras. "Basicamente, o que fazemos é pegar o que eles já têm digitalizado e ajudar a organizar, a fazer os metadados", explica Germano. "Temos uma tecnologia que permite a digitalização profunda com fotos de cada pedaço da obra. No fim, um software junta tudo. Isso permite detalhes até difíceis de ver ao vivo". Além das visitas virtuais, os internautas que tiverem acesso a alguma tecnologia de realidade virtual podem utilizá-la, já que a plataforma também foi planejada para essas experiências.

Em um primeiro passo, o Museu da Câmara idealizou seis exposições, entre elas Memória massacre Carandiru, Povos indígenas no Brasil e Antes de Brasília: Palácio Tiradentes, esta última com itens que estavam na antiga sede da Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, entre 1926 e a transferência para o Planalto Central. A ideia é montar outras mostras virtuais e digitalizar a totalidade do acervo, que conta hoje com 1,7 mil peças. "Esse projeto é uma chance de universalizar e aumentar o acesso das pessoas a esses conteúdos. É interessante ter um canal de comunicação com a sociedade que mostre esse patrimônio", diz Gisele Azevedo Rodrigues, da secretaria de Comunicação Social da Câmara.

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