Viver

Livro de fotografia sobre o Recife do século 20 revela imagens pouco conhecidas da cidade

Fotógrafo amador percorreu a capital pernambucana e Olinda entre os anos 20 e 60 e seu acervo foi organizado pelo historiador Frederico Toscano no livro 'O terceiro homem - a fotografia e o Recife de Ivan Granville'

Forte do Buraco, construído pelos holandeses entre 1630 e 1632 e hoje em ruínas. Crédito: Ivan Granville/Reprodução


Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre

Ivan era contador da Usina Pumaty, localizada em Joaquim Nabuco, na Mata Sul, mas usava seu tempo livre para flanar por Recife e Olinda com sua câmera fotográfica. Embora tivesse direito a um motorista, por sua posição na empresa, dispensava o carro na maioria das vezes para ter a chance de andar pela cidade. “Ele não era rico, mas tinha recursos para se dedicar a esse hobby caro. Suas primeiras imagens foram feitas, provavalmente na década de 20. No auge do Foto Clube do Recife, nos anos 50, ele já era considerado um veterano”, aponta Frederico.

O encontro de Frederico Toscano com as imagens de Ivan foi casual. Ao ver algumas fotos dele na internet, o pesquisador decidiu coletar mais informações e foi ajudado pela neta do contador, Danielle Granville, dona de um acervo considerável de fotos do avô. Com fotos nos mais variados estados de conservação em seu poder, Frederico fez a seleção das imagens. Muitas delas mostram paisagens do Recife e Olinda, desde o primeiro arranha-céu da capital pernambucana, na Praça da Independência, até o Farol de Olinda visto da praia. As corridas de cavalos no hipódromo do Prado, pedintes, comidas e o Carnaval foram outros de seus interesses. 

Para contemplar as várias facetas do trabalho o livro foi dividido em duas partes: O flâneur e O artista, com composições um pouco mais elaboradas. “Gosto de pensar que ele se considerava um artista. A particularidade de ele não estar ligado ao governo ou a nenhuma instituição é uma singularidade e deixou o trabalho dele original. Minha esperança é ver esse livro servir como estímulo para que as famílias falem com seus membros mais antigos e encontrem fotos representativas do Recife e do interior no passado. Muita gente pode ter um acervo importantíssimo em casa sem saber”, conclui Frederico

Veja imagens de época:

O trabalho do fotógrafo amador Ivan Granville ainda é pouco conhecido de um público mais amplo, mas essa lacuna deve ser preenchida com o lançamento do livro O terceiro homem - A fotografia e o Recife de Ivan Granville, organizado pelo historiador e gastrônomo Frederico Toscano e publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Ivan era contador da Usina Pumaty, localizada em Joaquim Nabuco, na Mata Sul, mas usava seu tempo livre para flanar por Recife e Olinda com sua câmera fotográfica. A publicação tem 250 páginas e 238 fotos em preto e branco, tiradas entre os anos 20 e 70. Para contemplar as várias facetas do trabalho o livro foi dividido em duas partes: O flâneur e O artista, com composições um pouco mais elaboradas. Nas imagens da galeria, estão trabalhadoras, como tapioquieras e lavadeiras, além de paisagens urbanas, como o Alto da Sé, em Olinda, o Farol de Olinda e o Forte do Buraco, construído pelos holandeses no século 17 e destruído pela Marinha nos anos 50. Crédito: Ivan Granville/Reprodução #fotografia #IvanGranville #Recife #Olinda #FredericoToscano #Cepe #memoriadorecife

Uma publicação compartilhada por Viver (@viverdiario) em

SERVIÇO

O terceiro homem - A fotografia e o Recife de Ivan Granville, de Frederico Toscano (organizador)

Quando: Hoje, às 19h

Onde: Arte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife

Entrada gratuita

Informações: 3183-2700

Acompanhe o Viver no Facebook:

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...