Personagens femininas se destacam na trama de A força do querer

A atriz Juliana Paes vive boa fase na carreira. A personagem Bibi não se destaca apenas pelo corpo exuberante, tem muita carga dramática. A autora foi esperta ao fazer primeiro o público se afeiçoar pela manicure — o que não é difícil, pois Juliana esbanja carisma –, para somente depois revelar a face malvada dela. Além disso, Juliana tem como parceira de muitas cenas Elisângela, que se sai bem como Aurora. Como se não bastasse, ela ainda tem química com os dois homens que a rodeiam: o marido Rubinho (Emílio Dantas) e o ex-namorado Caio (Rodrigo Lombardi).

Não é novidade para ninguém ver Lilia Cabral roubando a cena mesmo sem ser a protagonista. Atrizes como ela não precisam ter o personagem principal para brilhar. Lilia dosa com eficiência os momentos hilários e tensos de Silvana. Recentemente, em fuga de batida policial no local onde jogava pôquer clandestinamente, Silvana caiu ao tentar pular um muro. Lilia deitou e rolou na cena e depois emocionou quando a personagem se deu conta do que tinha acontecido.

Isis Valverde não deu sorte em A força do querer. No início da trama, a história do sereísmo prometia bombar. Mas não aconteceu — Ritinha nadou, nadou e morreu na praia. Ao contrário de Juliana Paes, Isis ainda tem o azar de fazer par romântico com o inexpressivo Fiuk (Ruy). A personagem é grande, a atriz se esforça, mas não colou.

Quem também não decolou foi a policial e lutadora de MMA Jeiza. Mas desta vez a personagem não tem culpa. A história é interessante. Jeiza tem momentos bons como policial (especialmente nos que contracena com Juliana Paes), como lutadora e como namorada do mocinho da história, Zeca (Marco Pigossi). Dessa vez parece faltar entrega de Paola.

Dissimulada, Irene sabe bem o que quer: roubar o marido da amiga Joyce (Maria Fernanda Cândido), Eugênio (Dan Stulbach). E ela não vai medir esforços para isso. Debora alterna muito bem entre os momentos de ternura e de loucura de Irene, ao que tudo indica uma psicopata de primeira.

Impressionante como Totia se dá bem em novelas de Gloria — ela esteve em O clone, América, Caminho das Índias e Salve Jorge. Em A força do querer, o papel começa bem periférico, girando em torno de Silvana, Bibi e Caio. Agora, aos poucos, ela começa a aparecer com conflitos próprios, como a descoberta de que o filho está envolvido com o jogo A baleia azul.

Joyce (Maria Fernanda Cândido)

Esposa de Eugênio, mãe de Ruy e da transexual Ivana (Carol Duarte). Além disso, Joyce implica com a nora Ritinha e está sempre ligada a Silvana. Uma virada da personagem está prevista para as próximas semanas, quando A força do querer dará um salto no tempo. Joyce e Ritinha descobrirão o caso de Eugênio e Irene e juntas vão dar uma surra na personagem de Debora Falabella. É esperar para ver se Maria Fernanda acorda da pasmaceira em que colocou sua Joyce.

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