Segundo Matheus, a composição não tem teor político. "É algo na linha de colagem, mesmo. Não é uma música de protesto. Dá para encaixar em sátira, mas eu não considero, porque não estou detratando, apesar de naturalmente tornar jocoso. E se ficar jocoso também, ótimo", explica.
A ideia, de acordo com ele, surgiu logo que a carta de Temer foi "vazada", mas a adaptação só começou a ser feita em meados do ano passado. "Quando sai um áudio vazado, ou vídeo de Dilma 'saudando a mandioca', imediatamente fazem funks, paródias, remixes loucos. Esse trabalho foi musicalmente estruturado em cima da métrica. Uma métrica maluca, para poder caber na proposta. É algo mais artesanal, mesmo", diz.
Sobre a sonoridade do novo disco, ele revela que há samba, rock, funk e música de câmara. "Não fica claro quando eu digo MPB, porque meu som é estuturado em pesquisas rítmicas, polifonia e canção-rasteira", esclarece. Para Matheus, não há o risco de o trabalho ficar datado, "pelo teor atemporal da carta". "Os jargões, a coisa da narrativa toda que se sucedeu... É uma espécie de patrimônio nacional, do inconsciente coletivo. Tomo mundo conhece aquela frase em latim".
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