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Funkeiro se retrata por versão pornô de Asa Branca: 'cuidado e respeito à família e aos fãs'

A canção Festa Junina da Putaria incomodou muitas pessoas por sexualizar o clássico de Luiz Gonzaga

MC Yuri fez uma versão polêmica do clássico Asa Branca, de Luiz Gonzaga Foto: Reprodução do Facebook


Confira o roteiro de shows no Divirta-se

Lançada na terça-feira (6) em forma de lyric video, a música do MC paulista utilizava o instrumental clássico do Rei do Baião para um remix com elementos do funk. "Vem novinha, não perde a linha, MC Yuri manda pra tu / Senta, quica, trava, arrasta com a x*** no meu peru", é um dos trechos da canção, que acumulou mais de 30 mil acessos no canal Detona Funk, do YouTube.

O conteúdo explícito revoltou internautas, admiradores do forró e a família de Gonzaga, que reivindicou respeito à memória do músico pernambucano e se preparou para iniciar uma ação na justiça contra MC Yuri. Devido a repercussão negativa, a equipe a canção foi retirada dos canais oficiais do cantor. "Em demonstração de cuidado e respeito voltados à família e aos fãs do emérito cantor e compositor Luiz Gonzaga, em virtude da repercussão na imprensa, nos canais de internet, blogs e afins, o cantor e compositor Mc Yuri vem a público se manifestar acerca de sua arte e de sua música", diz a nota da equipe do cantor emitida para a imprensa.

"Apesar das polêmicas que cercam a irreverência da música e a explicitude da letra do funk, esclarece que jamais houve de sua parte qualquer intenção de macular a imagem ou ofender os familiares ou fãs de Luiz Gonzaga. Por tal motivo, em retratação ao desconforto causado, retirou a música dos seus canais de comunicação, visando minimizar qualquer consequência dela decorrente, não se tratando aqui da discussão sobre a fonte de inspiração de sua melodia", completa o texto.

MC Yuri, de 19 anos, é o interprete de outras canções funk, como Os muleke de ouro preto e Dichava no grau. O caso de Festa junina da putaria reascende o debate sobre a música funk, que recentemente foi alvo de uma proposta de lei para sua criminalização. Um texto com cerca de 20 mil assinaturas foi enviado para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), afirmando que o gênero é uma "falsa cultura" que apenas promove comportamentos prejudicais para a sociedade.

Proposta com 20 mil assinaturas quer tornar o funk um crime de saúde pública

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