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Televisão Conflitos éticos marcam a nova novela da Globo, Pega Pega O folhetim de Claudia Souto mostra um roubo milionário, organizado por funcionários de um hotel

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 06/06/2017 18:10 Atualizado em: 06/06/2017 17:28

João Baldasserini, Nanda Costa, Thiago Martins e Marcelo Serrado interpretam responsáveis pelo roubo em Pega Pega. Foto: Globo/Divulgação
João Baldasserini, Nanda Costa, Thiago Martins e Marcelo Serrado interpretam responsáveis pelo roubo em Pega Pega. Foto: Globo/Divulgação

A predominância de notícias sobre corrupção nas esferas política e empresarial no país exerce influência direta sobre a nova novela das 19h. No ar a partir desta segunda-feira, Pega pega, escrita por Claudia Souto e dirigida por Luiz Henrique Dias, acompanha um roubo milionário no hotel fictício Carioca Palace na trama definida como “comédia romântica policial”. Em recentes entrevistas, a autora do folhetim revela que pretende discutir a ética na sociedade a partir de pessoas comuns.

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A substituta de Rock story retrata a história de amor dos personagens Luiza (Camila Queiroz) e Eric Ribeiro (Mateus Solano) e Julio (Thiago Martins) e Antonia (Vanessa Giácomo), ao mesmo tempo em que mostra o passo a passo da ação conduzida pelo vilão Malagueta, incorporado por Marcelo Serrado. O roubo em questão ocorre no processo de venda do Carioca Palace. Malagueta comanda o crime executado pelo garçom Julio, pelo recepcionista Agnaldo (João Baldasserini) e pela camareira Sandra Helena (Nanda Costa), responsáveis pelo sumiço de R$ 40 milhões.

O valor estava no cofre do hotel e "desaparece" no primeiro capítulo. Vale ressaltar que nenhum dos envolvidos era criminoso antes do episódio. Na linha de investigação, um dos principais suspeitos é Ribeiro, provável comprador do hotel, cujo dono era Pedrinho Guimarães (Marcos Caruso). Como Guimarães é avô de Luiza, a investigação será um obstáculo enfrentado pelo casal. No elenco, o recifense Bruno Nunes é o garçom Elias, colega de trabalho de Julio.

>>Entrevista com Nanda Costa

Além do humor, Pega pega também é uma trama de ação, gênero não predominante na teledramaturgia brasileira, principalmente na faixa das 19h. Você acha que esse pode ser um diferencial positivo da trama?
É uma comédia romântica policial. Acho a trama extremamente atraente e, apesar de ter muita ação, é leve e divertida. Me divirto lendo os capítulos e gravando também. Acho maravilhoso que a trama aconteça em um hotel e que profissionais que muitas vezes são coadjuvantes nas histórias, como garçons, recepcionistas, camareiras, tenham tanto destaque. Isso para mim já é um diferencial.
 
Você passou três anos afastada da TV aberta. Por quê?
Três anos? Nossa, não tinha parado para fazer essa conta. Estava trabalhando muito. A última coisa que fiz na TV foi uma participação em Malhação, em julho de 2015. De lá para cá, fiz uma série para o GNT que vai virar longa, rodei mais dois longas, dirigi um show e gravei o novo disco do Batida Nacional, que lançaremos até o próximo semestre.
 
Pega pega discute ética em um período conturbado da política do país. Qual o papel da teledramaturgia neste cenário?
Acho que é fundamental alertar e conscientizar o povo sim do momento difícil que estamos vivendo. Mas não podemos esquecer de entreter. Novela ainda é um momento de prazer para muita gente. O jornal já está triste demais. Se ainda podemos levar esperança e sonho para o povo que nos assiste, por que não?
 
Você acha que abordar roubo e impunidade na ficção pode provocar um debate?
Claro. As pessoas assistem novela comentando com quem está do lado, com os vizinhos, amigos, nas redes sociais... Lembro que em Salve Jorge uma operação conjunta das polícias do Brasil e da Espanha desarticulou uma quadrilha internacional e libertou brasileiras que eram mantidas como escravas sexuais em Madri. A operação começou com um pedido de socorro da mãe de uma dessas brasileiras. A mãe fez a denúncia depois de ver a novela, que trata do tráfico internacional de mulheres. Quando entretém e ajuda é golaço.
 
Como foram as gravações do longa-metragem A costureira e o cangaceiro? Como foi o mergulho desse período histórico?
Eu filmei em Piranhas, em Alagoas. O filme conta a historia de duas irmãs. Luzia e Emília, elas se separam quando Luzia vai para o cangaço e Emília para a capital . Emília foi interpretada por Marjorie Estiano, que filmou em Pernambuco. O filme foi escrito pela Patrícia Andrade e tem a direção do Breno Silveira, inspirado no livro A costureira e o cangaceiro. Luzia, que é a minha personagem, é uma espécie de Maria Bonita. Ela tem um braço aleijado e por isso é chamada de vitrola. Luzia acaba sendo levada pelo bando de Carcará, para o Cangaço. Passei dois meses no sertão, na caatinga, foi uma das experiências mais importantes da minha vida! Impossível conhecer o sertão, aquelas pessoas tão especiais e não voltar diferente.

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