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Cartas mostram dificuldade de Einstein em manter relacionamentos

Série de textos enviados a colaborador pelo famoso físico serão leiloadas

"Eu deploravelmente falhei duas vezes", admitiu o cientista em manuscrito. Foto: AFP


"O que eu mais admirava nele como homem era a maneira pela qual ele conseguiu viver por tanto tempo pacificamente, mas também duradouramente, com um cônjuge - uma empresa na qual eu deploravelmente falhei duas vezes", escreveu Einstein à família de Besso em 21 de março de 1955, logo após a morte de seu amigo, semanas antes da sua própria.

Em um último parágrafo sentimental, Einstein escreveu sobre Besso: "Agora ele me precedeu um pouco na partida deste mundo estranho". "Isso não tem importância. Para pessoas como nós, que acreditam na física, a separação entre passado, presente e futuro tem apenas a importância de uma ilusão reconhecidamente tenaz", acrescentou.

Besso deu apoio moral ao amigo desde seus dias estudantis em Zurique, na década de 1890, quando Einstein passou por dificuldades conjugais com a primeira esposa, Mileva, de quem se separou. Eles se divorciaram em 1919, e ele então se casou com a prima Elsa. Einstein, por vezes, mostra grande humildade, mas também uma autodepreciação bem-humorada, com frequência fazendo piadas sobre ele próprio, ao mesmo tempo em que enfatizava seu profundo amor pelo trabalho.

Ele descreveu seus avanços científicos como uma "aproximação de Deus". Einstein morreu aos 76 anos em Princeton, Nova Jersey, tendo obtido a cidadania norte-americana em 1940. Ele renunciou à cidadania alemã em 1933, depois que os nazistas chegaram ao poder. Em uma carta, ele pede que Besso o "mantenha informado da situação por meio de cartões postais, sem prestar muita atenção a qualquer continuidade de conteúdo. Na era da teoria quântica, isso é perfeitamente permitido".

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