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Quarenta anos depois, Guerra nas estrelas é a mais lucrativa e influente franquia de todos os tempos, graças aos irreverentes coques que adornam as cabeças em festas do Dia das Bruxas e ao Jedi, que se tornou quase uma religião oficial em vários países. "Estão acabando os meus adjetivos hiperbólicos para descrever o poder de Star wars", explicou Shawn Robbins, analista-chefe do site BoxOffice.com, site que analisa os lucros dos filmes nas bilheterias dos Estados Unidos.
"Quatro décadas quebrando recordes, definindo o gênero do entretenimento através do cinema, da televisão, dos videogames, dos brinquedos, dos livros e de tudo que esta marca toca", acrescentou. Com um orçamento de filme independente de somente 11 milhões de dólares, Star wars estreou em uma quarta-feira, 25 de maio de 1977, em 32 salas de cinemas nas quais arrecadou U$ 1,6 milhão em seu primeiro final de semana.
Obstáculos no caminho
Protagonizada pelos novatos Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford nos papeis de Luke Skywalker, Princesa Leia e Han Solo, a produção se beneficiou da propaganda boca a boca, que em pouco tempo gerou longas filas. Sua primeira passagem pelo cinema terminou com a arrecadação de fenomenais U$ 221,3 milhões nas bilheterias norte-americanas, e os relançamentos da 20th Century Fox duplicaram esse montante.
A estreia ocorreu no Teatro Chinês de Hollywood, onde durante um ano havia cinco exibições diárias, todas esgotadas, indicou Levi Tinker, historiador da emblemática sala. Dois filmes da sequência - O império contra-ataca (1980) e O retorno de Jedi (1983) - faturaram juntos mais de U$ 200 milhões, embora tivessem encontrado obstáculos no caminho. A "edição especial" dos filmes de 1997 foi criticada pelas intervenções feitas com o avanço tecnológico, que muitos consideraram desnecessárias. Depois, George Lucas dirigiu outra trilogia, uma sequência da original, que foi considerada inferior em quase todos os sentidos.
O cineasta de 73 anos tinha um acordo com a Fox para manter 40% do lucro bruto do filme original, mas foi mais perspicaz ao vender a LucasFilm para Disney em 2012 por quatro bilhões de dólares. Os estúdios da Disney deram nova vida a Star wars com o anúncio de uma nova trilogia, além de três filmes de antologia, que até agora já renderam três bilhões de dólares, somando no total U$ 7,5 bilhões de faturamento.
"Ao infinito"
As especulações já estão tentando prever o futuro da franquia depois do último filme, previsto para 2020, mas até agora os fãs mal conseguem esperar por Os últimos Jedi, de Rian Johnson, a segunda produção que estreará em dezembro. Trata-se da continuação de O despertar da força (2015), que foi o primeiro filme da saga a faturar dois bilhões de dólares depois de ter a esteia mais bem-sucedida nos Estados Unidos e no mundo. "Tem potencial para mudar esses números [...] e ser um monstro absoluto", disse Paul Dergarabedian, analista-sênior da ComScore.
Jeff Bock, do Exhibitor relations, acredita que a morte de Fisher em dezembro dará ao Episódio VIII o mesmo impulso que Velozes e furiosos 7 e Batman: O cavaleiro das trevas ressurge tiveram após o falecimento de Paul Walker e Heath Ledger. Em todo caso, os especialistas concordam que é pouco provável que a LucasFilm abandone uma franquia que pode gerar entre um e dois bilhões de dólares a cada estreia, ainda que permaneça a possibilidade de esgotamento dos fãs. "Como o próprio universo, Star wars continuará se expandindo até o infinito. Não há um fim em vista", assegurou Bock.
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