Em uma entrevista ao site Mental Floss, o criador de Garfield revelou que o gato não era "nem macho nem fêmea". "Ele é um animal, então ele é bem geral e lida com coisas como comer e dormir. Sendo gato, ele não é realmente nem macho nem fêmea ou de nenhuma raça ou nacionalidade, jovem ou velho. Isso me dá mais amplitude no humor, fica uma coisa mais abrangente", contou Jim Davis. A reportagem, publicada há mais de dois anos, ressurgiu na internet nesta semana e causou uma guerra no site colaborativo Wikipédia. Tudo começou quando o humorista norte-americano Virgil Texas postou o trecho no Twitter, com a legenda "Fato. Garfield não tem sexo. Isso é real". Ele mostrou ainda que havia editado a página dedicada ao gato na enciclopédia virtual - na opção gênero, ele trocou o "masculino" por "nenhum".
Uma hora depois, um outro editor trocou o gênero de volta para masculino. No minuto seguinte, um terceiro colocou "nenhum" novamente. A guerra durou horas. Até o Congresso norte-americano entrou na briga - a página de edições do site mostra que um computador do Capitólio foi utilizado para editar a página e retirar Garfield da lista "personagens masculinos nos quadrinhos". Em um fórum da Wikipédia, fãs debateram o caso, resgatando tirinhas nas quais Garfield era chamado de "bom garoto" pelo dono, Jon, ou momentos em que o gato utiliza pronomes masculinos para falar de si.
A batalha fez com que a Wikipédia bloqueasse a página do personagem animal - nenhuma mudança pode mais ser feita por editores e o gênero de Garfield permanece fixado no masculino. Nesta quinta-feira (2), o jornal Washington Post entrou em contato com Jim Davis para que ele esclarescesse o assunto. "Garfield é macho, não há dúvida quanto a isso. Ele tem uma namorada, Arlene", revelou o criador do bichano, que disse ainda que os comentários feitos ao Mental Floss se referiam ao humor. "Gosto de usar animais como personagens pois eles são universais", completou.
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