Após o discurso memorável e político do Globo de Ouro 2017, a atriz Meryl Streep voltou a expor críticas e se posicionar contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na noite do sábado (11), em evento da Human Rights Campaign, a estrela de Pontes de Madison e Mamma Mia! foi agraciada com o prêmio Aliada pela Igualdade e aproveitou o texto de agradecimento para alertar sobre o cenário político do país. "Não vamos voltar aos maus e velhos tempos de ignorância e opressão e de escondermos quem somos", disse a atriz, visivelmente emocionada.
Meryl, vencedora de três Oscar e nomeada pela 20ª vez neste ano - ela concorre pelo filme Florence: Quem é essa mulher? -, falou sobre liberdade. "Se o instinto catastrófico de retaliação não nos levar ao inverno nuclear, teremos muito a agradecer ao nosso atual líder, porque ele nos despertará ao ponto de ver o quão frágil é a liberdade", analisou. Na ocasião, ela respondeu a uma crítica feita por Trump - o presidente disse que ela era superestimada - após o discurso da atriz na premiação, em janeiro deste ano. "Eu sou a atriz mais superestimada e a mais supercondecorada. Eu sou a atriz mais superrepreendida da minha geração", disse.
O discurso de Meryl foi um dos mais marcantes do Globo de Ouro deste ano, que repercutiu mundialmente. "Houve uma performance neste ano que me chocou - marcou meu coração. Não porque foi boa; não há nada de bom sobre ela. Mas foi efetiva e cumpriu sua proposta. Fez seu público rir. Foi aquele momento em que a pessoa que pediu para sentar no posto mais respeitado do nosso país imitou um repórter com deficiência", disse a homenageada da edição.
O político respondeu ao discurso de Meryl Streep em entrevista ao jornal norte-americano The New York times, chamando a atriz de "simpatizante de Hillary Clinton" - a quem Meryl apoiou nas últimas campanhas presidenciais - e disse não estar surpreso com o "ataque de pessoas liberais do cinema".
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