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Cinema No Intenso Agora, de João Moreira Salles, estreia mundialmente no Festival de Berlim O documentário faz parte da mostra Panorama do festival, que ocorre entre os dias 9 e 19 de fevereiro

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 17/01/2017 18:09 Atualizado em:

Documentário político busca refletir momentos cruciais da história. Foto: IMDB/Reprodução
Documentário político busca refletir momentos cruciais da história. Foto: IMDB/Reprodução


Imagens de momentos intensos na China, França, Tchecoslováquia e Brasil da década de 1960 estão reunidas no documentário No intenso agora. Escrito e dirigido por João Moreira Salles, o longa estreia mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Alemanha, que ocorre entre os dias 9 e 19 de fevereiro. O filme apresenta registros da revolta estudantil francesa, da invasão da Tchecoslováquia, o enterro dos mortos em 1968 em Paris, Lyon, Praga e Rio de Janeiro, e da Grande Revolução Cultural Proletária.

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Narrado em primeira pessoa, o documentário busca uma reflexão sobre as imagens históricas apresentadas. A ideia é levantar discussões sobre quem faz as filmagens, como faz e as razões para isso. Além disso, também evidencia as diferenças entre os registros e discute o que os arquivos revelam aos espectadores. Editado por Eduardo Escorel e Laís Lifschitz, o filme contou com as pesquisas de Antonio Venâncio, a produção executiva é de Maria Carlota Bruno e a trilha sonora é de Rodrigo Leão.

Moreira Salles também é diretor do filme Santiago. Em nota divulgada à imprensa, ele compara os dois filmes e diz que enquanto Santiago lhe parece falar de um pai, No intenso agora é sobre a mãe. "Apesar da distância, tenho a impressão de que são filmes aparentados. Não me refiro apenas ao aspecto pessoal dos documentários, mas também ao modo como eles foram realizados. Os dois são essencialmente filmes de arquivo, nascidos na ilha da edição. Santiago surgiu do trabalho de três pessoas de três gerações diferentes – Eduardo Escorel, eu e Lívia Serpa –, que, ao longo de meses, construíram o filme a partir da reflexão que fizemos sobre a natureza do material bruto que havíamos reunido. No intenso agora nasceu do mesmo jeito, mas com Laís Lifschitz no lugar de Lívia. A diferença é que levou mais tempo – não meses, mas anos."

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