O papa Francisco deixou de assistir à televisão há pelo menos 25 anos. O desinteresse é fruto de uma promessa feita à virgem Maria. A privação autoimposta pelo pontífice, no entanto, contrasta com a profusão de obras televisivas sobre o primeiro jesuíta e sacerdote latino-americano a ocupar o posto máximo da Igreja Católica. Desde 2013, quando foi ungido à condição de supremo pelos pares do Vaticano, Jorge Margio Bergoglio serviu de mote para 17 produções da telinha, entre séries, filmes e documentários listados pelo site IMDB, referência na catalogação audiovisual.
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Duas novas minisséries de ficcção com perfil biográfico se empenham em popularizar a história do padre entre o grande público. No ano passado, o History exibiu Francisco, o jesuíta, de inspirada na única biografia oficial do pontífice, O papa Francisco: Conversas com Jorge Bergoglio, escrita por Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti.
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A mais recente é Pode me chamar de Francisco, versão estendida para quatro capítulos do filme homônimo lançado em 2015 na Itália. Os episódios da produção ítalo-argentina foram televisionados no país europeu na semana passada (sob o nome de Francisco: O papa do povo) e estreiam no mundo todo pela Netflix nesta sexta-feira.
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Dirigida por Daniele Luchetti (duas vezes indicado à Palma de Ouro em Cannes), a minissérie é estrelada pelos atores Rodrigo de La Serna (Diários de motocicleta) e Sergio Hernández (Gloria) no papel de Mario Bergoglio. O arco temporal comprende 52 anos de sacerdócio do religioso - de 1961 até 2013, quando foi anunciado papa após a abdicação de Bento 16.
A narrativa atravessa a militância católica em uma argentina dominada pela ditadura militar - em relação à qual foi acusado de ser cúmplice, informações desmentidas recentemente - e a atuação sob bandeiras humanitárias até o papado. A trama toca na ferida e mostra o padre em ação para esconder do regime os perseguidos políticos. A produção consumiu 52 semanas de filmagens e custou R$ 50 milhões.
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