Falecido na última segunda-feira (22) após três meses internado, vítima de um aneurisma dissecante na aorta, o jornalista pernambucano Geneton de Moraes Neto será homenageado com a criação de um prêmio de jornalismo. O anúncio foi transmitido nesta sexta-feira (26) pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), através de uma portaria assinada pelo presidente do órgão, Luiz Otávio de Melo Cavalcanti.
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Fundaj, Sinjope e MEC lançam prêmio em homenagem a Geneton Moraes Neto
Prêmio Geneton de Moraes Neto de Jornalismo vai avaliar apenas reportagens produzidas para a TV. Primeira edição pode acorrer ainda este ano e vencedor receberá R$ 50 mil
[SAIBAMAIS]De acordo com a portaria n° 134, de 25 de agosto deste ano, a Fundaj instituiu o Prêmio Geneton de Moraes Neto de Jornalismo considerando "o papel relevante que teve o jornalista pernambucano no exercício da profissão e a valorização do trabalho profissional de repórteres e técnicos que atuam em televisão". É provável que ainda este ano o prêmio tenha a sua primeira edição.
"Geneton foi um profissional exemplar dos jornalismos pernambucano e brasileiro, satisfazendo a realidade sem ofender seus entrevistados. Ele adquiriu respeito e admiração pelo jeito de entrevistar, colocando uma camada de veludo em tudo que produzia. Seu talento sempre levou verdade à sociedade brasileira. A criação do prêmio é uma justa homenagem ao profissional que foi e um estímulo aos novos que chegam ao mercado", explicou Luiz Otávio.
Segundo a Fundaj, o prêmio será concedido anualmente apenas para profissionais de jornalismo com trabalhos veiculados na TV, na área da reportagem. Os valores dos prêmios, inclusive, já estão definidos: R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro.
O julgamento dos trabalhos será feito por uma comissão constituída por um representante do Ministério da Educação (MEC), um representante da Fundaj e um representante do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope). Questionado sobre a razão de o prêmio destacar apenas trabalhos produzidos na TV, Luiz Otávio Cavalcanti destacou a veia televisiva de Geneton Moras Neto.
"Embora tenha iniciado sua trajetória profissional em jornal impresso, tenho trabalhado em alguns veículos, foi na TV que Geneton mostrou todo o seu talento, sendo reconhecido com prêmios do jornalismo brasileiro. Ele era um homem de TV, havia uma marca comum a ele que sempre será motivo de orgulho para os pernambucanos e brasileiros. Resolvemos criar o prêmio como forma de estimular outros trabalhos na TV com a mesma qualidade que ele deixou", disse Luiz Otávio.
O novo prêmio, que por enquanto é restrito a Pernambuco, poderá ser estendido ao Brasil, mas este ponto ainda será debatido pela comissão formada por membros do MEC, Fundaj e Sinjope, na próxima semana. O regulamento do prêmio já está sendo formatado e será divulgado tão logo a comissão de formação finalize todo o edital. "Acreditamos que, por todo o legado que ele nos deixou, teremos uma forte participação de profissionais de Pernambuco, incentivando um jornalismo sério e verdadeiro, como foi a marca de Geneton", completou Luiz Otávio.
Trajetória
Geneton Moraes Neto iniciou sua trajetória profissional do repórter e escritor começou no Diario de Pernambuco, nos anos 1970 e se destacou em mais de 40 anos de carreira no jornalismo, sendo um apaixonado pelo exercício da reportagem, a qual, segundo ele, era "realmente importante" no jornalismo.
Foi correspondente da sucursal Nordeste do jornal "Estado de S. Paulo" e migrou para uma temporada em Paris, onde estudou cinema na Universidade Sorbonne e trabalhou como camareiro e motorista. Após voltar Voltou ao Brasil e iniciou uma carreira reconhecida na Rede Globo Nordeste, como repórter e editor, indo, depois de alguns anos, para a Rede Globo Rio.
Foi correspondente da sucursal Nordeste do jornal "Estado de S. Paulo" e migrou para uma temporada em Paris, onde estudou cinema na Universidade Sorbonne e trabalhou como camareiro e motorista. Após voltar Voltou ao Brasil e iniciou uma carreira reconhecida na Rede Globo Nordeste, como repórter e editor, indo, depois de alguns anos, para a Rede Globo Rio.
Na emissora, foi editor-executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente da GloboNews e do jornal "O Globo", em Londres, bem como repórter e editor-chefe do Fantástico. Estava na GloboNews desde 2006, comandando o programa Dossiê. Também foi blogueiro no portal G1 entre agosto de 2009 e abril deste ano. Como escritor, publicou oito livros de reportagem e entrevistas. Nos documentários, o mais recente produzido foi sobre o cineasta sobre Glauber Rocha.
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