Literatura
Expoente das artes visuais de Pernambuco, Montez Magno lança coletânea de poemas
O livro Soma reúne versos escritos desde a década de 1960, organizados por Itamar Morgado
Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco
Publicado em: 19/04/2016 12:01 Atualizado em:
Montez Magno considera a poesia sua arte maior. Foto: Ricardo Fernandes/DP |
“Livre como o coração do intelecto / o poema se move como uma serpente / que deixasse a sua casca reprimente.” Os versos, datados dos anos 1980, desvelam a libertação associada pelo autor ao exercício literário. Por trás deles, Montez Magno, vulto do abstracionismo geométrico pernambucano, se sublinha como poeta e abolicionista artístico de si mesmo, somando eu-lírico à já consagrada face de artista visual. Desdobra-se em outro. Dá sentido a Soma, título escolhido para coletânea de poemas concebidos por ele desde a década de 1960, publicada hoje, no Museu do Estado de Pernambuco, na Zona Norte da cidade.
“Se o pintor sobressaiu em relação ao poeta ou o poeta em relação ao pintor, nem por isso a atividade artística menos conhecida é, necessariamente, a de menor importância na sua trajetória”, escreve o professor do programa de pós-graduação em letras da UFPE Anco Márcio, que assina o prefácio da obra. Nele, Anco lança mão do tratamento gráfico destinado por Montez aos livros de poesia já publicados - todos artesanais, tipográficos, distribuídos informalmente - para certificar a relação estreita entre as artes visuais e a literatura na obra do abstracionista nascido nos anos 1930, em Timbaúba. Ainda na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Montez Magno teria dado à luz, primeiro, sua versão poeta - treinando métricas desde a adolescência, sob influência do pai, o jornalista e poeta Balthazar José de Oliveira. Por isso, talvez, costume dizer que a poesia, embora menos disseminada, é sua arte maior.
SERVIÇO
Lançamento de Soma
Quando: Hoje, às 19h30
Onde: Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, n. 960)
Quanto: Entrada e distribuição gratuitas
Informações: 3184-3174
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