Viver

Dos Titãs aos Tribalistas, Arnaldo Antunes faz show descontraído em Pernambuco

Músico apresentou a turnê do mais recente disco, Já é, mesclando lançamentos e sucessos da carreira, no palco do Teatro Guararapes

Arnaldo mesclou músicas de Já é a sucessos da carreira. Foto: João Araújo/Divulgação

Quando perguntado sobre o disco mais recente, Já é, lançado em outubro passado, Arnaldo Antunes costuma falar sobre uma necessária "pausa para a contemplação." Acompanhado da esposa, visitou países de culturas distintas durante seis meses, além estados brasileiros, a fim de compor inéditas cuja mensagem fosse essa. Meditou na Índia, ficou confinado em apartamento no inverno nova-iorquino, percorreu sítios históricos europeus, pôs os pés nas areias do litoral do Brasil.

No palco do Teatro Guararapes, na noite deste sábado (09), seis meses após depositar o álbum nas prateleiras do mercado nacional, refletiu o momento mais sereno, contemplativo. Dos Titãs (grupo do qual se desligou há mais de duas décadas) aos Tribalistas (parceria do início dos anos 2000, com Carlinhos Brown e Marisa Monte), misturou Já é a álbuns icônicos como Cabeça de dinossauro e Iê iê iê, este último produzido em formato solo quando o músico ainda integrava os Titãs.

Arnaldo brincava com a haste do microfone, dançava e sentava à beira do palco. Foto: João Araújo/Divulgação

Pareceu tranquilo, personificação do que declarou ao Viver ao lançar Já é: "É um disco que fala de uma certa serenidade, uma contemplação, uma atenção ao instante." O show espelhou essa mensagem. Os móbiles plásticos espelhados - cenário de Márcia Xavier - e a iluminação privilegiaram o protagonismo do músico e seus instrumentos. Também ecoaram a atmosfera plácida, ainda mais evidente em faixas como Naturalmente, naturalmente, Saudade farta, Dança e Vilarejo - esta última, acompanhada por sanfona a cargo do tecladista André Lima.

Arnaldo passeou entre os fãs, posou para as selfies e continuou a cantar. Foto: Larissa Lins/DP

Põe fé que já é, Velha infância, Óbitos, Envelhecer, Inclassificáveis, Alta noite, O meteorologista, A casa é sua e As estrelas cadentes - as duas últimas, como o artista lembrou no palco, fruto de parceria com o pernambucano Ortton - completaram o repertório, encerrado com a sequência Consumado, Socorro e Passe em casa, as três cantadas em meio à plateia.

>> Confira o repertório do show:

Antes

Põe fé que já é

Se você nadar

Naturalmente, naturalmente

As estrelas cadentes

Óbitos

Ela é tarja preta

Na fissura

Porrada

Azul e prateado

Vilarejo

Saudade farta

Alta Noite

Dança

Invejoso

O meteorologista

A casa é sua

Velha infância

Envelhecer

Lugar nenhum

Inclassificáveis

Consumado

Socorro

Passe em casa

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...