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Filmes pernambucanos participam do Festival de Roterdã a partir desta segunda

Daniel Aragão lança um novo curta e Tião apresenta um longa

 

O cineasta pernambucano Daniel Aragão está na Holanda para apresentar, nesta segunda-feira, um novo curta-metragem no Festival de Roterdã (um dos principais da Europa). No ano passado, o diretor participou do evento com o longa Prometo um dia deixar essa cidade, que entrará em cartaz nos cinemas brasileiros neste semestre.

O nome do novo filme é This is not a song of hope ("Essa não é uma canção de esperança"). Filmado no Recife, o curta foi feito por Aragão a convite do Festival de Roterdã, que financiou a produção. Ele faz parte de um projeto chamado This is where the reconstruction starts ("É aqui que a reconstrução começa"), que tem a participação de mais cinco cineastas de diferentes países, convidados pelo evento para produzirem obras sobre o tema "reconstrução", em referência ao processo vivido pela cidade de Roterdã após ter sido bombardeada na Segunda Guerra Mundial.

This is not a song of hope retrata o encontro entre um pernambucano, uma carioca e uma holandesa no Recife. Enquanto circulam pela vida cultural da cidade, eles refletem sobre os próprios valores, expectativas e preconceitos. Os atores Felipe Abib, Bianca Joy Porte e Christiana Ubach interpretam os personagens.

Pernambuco também participa do Festival de Roterdã com o longa-metragem Animal político, dirigido pelo cineasta Tião, que será projetado na mostra Bright Future ("Futuro Brilhante"). Ele já foi premiado na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes (França) duas vezes, com os curtas Muro e Sem coração (dirigido junto com Nara Normande).

Em Roterdã, na competição principal (Tiger Award), o único brasileiro é o filme mineiro A cidade onde envelheço, de Marília Rocha. O cineasta paraguaio Pablo Lamar também concorre ao Tiger com o longa La ultima tierra. Ele mora em Minas Gerais e trabalhou em filmes pernambucanos como O som ao redor e Brasil S/A.

Em 2012, o filme O som ao redor foi premiado em Roterdã e iniciou uma carreira internacional de sucesso. O festival começou na última quarta e termina no próximo domingo. Em outras mostras, participam os longas brasileiros Waiting for Beyoncé, documentário de Abigail Spindel e Paulo César Toledo, e Califórnia, de Marina Person. O média-metragem São Paulo com Daniel, de Deborah Viegas e Nicolas Thome, está na mostra As Long as it Takes. O projeto Sick Sick Sick, produzido por Matheus Peçanha, é o representante brasileiro no mercado de coprodução do festival.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
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