Com os investimentos reduzidos em R$ 10 milhões em relação ao ano passado (o carnaval de 2015 custou R$ 35 milhões, enquanto o deste ano deverá custar R$ 25 milhões), o Carnaval do Recife terá mais de 2 mil apresentações distribuídas em 52 Polos Oficiais, a partir de 5 de fevereiro.
Para adequar os cinco dias de festa ao orçamento abreviado, foram reduzidos o número de polos (de 63 para 52, em relação ao ano passado) e o horário de funcionamento de grande parte deles. Os principais polos descentralizados - como Bomba do Hemetério, Alto José do Pinho e Lagoa do Araçá - passarão a funcionar durante três dias, em vez dos quatro dias habituais. No Sábado de Zé Pereira, nenhum deles terá programação. Segundo o secretário de Turismo e Lazer do Recife, Camilo Simões, a decisão foi motivada pela concentração do público no desfile do Galo da Madrugada, se mostrando uma alternativa mais econômica em relação à programação dos carnavais anteriores. Os polos infantis foram reduzidos de quatro para três: Parque Dona Lindu, Parque da Jaqueira e Parque de Santana - no ano passado, o bairro da Macaxeira também estava na lista.
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A Central do Carnaval, espaço com serviços e arena gastronômica armado pela secretaria de Turismo e Lazer, ganha filial no Shopping Paço Alfândega, além da matriz, que será instalada novamente na Rua do Observatório, próxima à Torre Malakoff. As centrais funcionarão entre os dias 4 e 9 de fevereiro, das 16h às 2h, com espaço dedicado a moda e artesanato, além de estande da Secretaria Municipal da Mulher, promovendo campanha de combate à violência.
“Foi difícil, mas, apesar do momento delicado na economia, tomamos a decisão de promover um carnaval grandioso no Recife, feito pelo artista local e pelo folião”, declarou o prefeito Geraldo Julio (PSB). Os ajustes, segundo ele, foram planejados de modo a quase não serem percebidos. “São adaptações sutis. Não vão afetar a programação dos pernambucanos, nem dos turistas.” São esperados entre 890 mil e 950 mil visitantes para o período carnavalesco, com previsão de ocupação da rede hoteleira entre 90% e 95%, segundo a secretaria de Turismo e Lazer. Neste ano, o Carnaval do Recife homenageia o Maestro Forró e as agremiações centenárias Clube Carnavalesco Misto Pão Duro e Maracatu Nação Porto Rico, que, no dia 5 de fevereiro, recebem o cortejo de maracatus e caboclinhos de Naná Vasconcelos - Lenine e Sara Tavares serão os convidados do percussionista - no Marco Zero, onde declaram aberta a Folia de Momo.
Artistas locais como Alceu Valença, Lenine, Geraldo Azevedo, Otto e Nação Zumbi dominam cerca de 99% da programação, para a qual menos de dez mulheres foram escaladas até então - como a pernambucana Nena Queiroga, a paraibana Elba Ramalho e as cariocas Leci Brandão e Luiza Possi. Atrações de outros estados, como Jota Quest, Emicida, Natiruts e O Rappa, também foram anunciadas nesta quarta-feira (13) pela Prefeitura do Recife, e assumirão shows em Polos Centrais e Polos de Bairro.
A predominância de artistas pernambucanos é, segundo os organizadores, uma forma de reduzir custos com cachês e, ainda, valorizar a cultura local. Para o prefeito Geraldo Julio, a suspensão do carnaval de outras cidades, por dificuldades econômicas e a alta do dólar (com consequente aumento da circulação de brasileiros dentro do próprio país) podem atrair mais pessoas ao Recife. "É quando devemos aproveitar para mostrar o nosso melhor, valorizar nossa cultura, os nossos artistas", explica. No ano passado, 890 mil turistas passaram pela capital pernambucana durante a Folia de Momo, com registro de 91% de ocupação da rede hoteleira local.
Confira o roteiro de bailes e prévias carnavalescas
NÚMEROS
2 mil shows
52 polos
9 polos centrais
34 polos de bairro
6 corredores da folia
3 polos infantis
R$ 10 milhões investidos
99% de artistas locais na programação
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