Toda a obra do escritor Ariano Suassuna foi escrita em papel e caneta. A última (inédita), O jumento sedutor, consumiu resmas cheias de rabiscos, correções e anotações de rodapé, passadas a limpo pelo cunhado Carlos Newton Júnior. Nas aula-espetáculo, contava causo sobre como havia adquirido aversão às máquinas: "Disseram que sou inimigo do computador. O computador é que é meu inimigo. Bati o meu nome. Ariano. Veio Ariano. Coloquei o nome do meio (Villar). Veio 'vilão'. Não entendi. E fiquei indignado mesmo quando bati Suassuna. Com tantos esses, o computador, no corretor ortográfico, colocou 'assassino'. Então, em vez de ser Ariano Villar Suassuna, virei Ariano Vilão Assassino. Não é para virar inimigo dele?". O caso é relembrado em crônica de Arnaldo Niskier.
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Amazon divulga frases preferidas pelos leitores na obra de Ariano Suassuna. É cada pérola...
Levantamento encomendado pelo Viver investigou hábitos de leitura dos consumidores no Kindle (e-reader vendido pela marca), em dois livros do dramaturgo
- AS DEZ MAIS DE ARIANO:
Romance D'A Pedra do Reino: E o príncipe do sangue do vai-e-volta (1971)
1ª - "...na Arte, a gente tem que ajeitar um pouco a realidade que, de outra forma, não caberia bem nas métricas da Poesia.”
2ª - "Só existem dois tipos de Governo: o dos opressores do Povo e o dos exploradores do Povo. O primeiro é o dos Tiranos, o segundo é o dos Comerciantes. No primeiro, o Povo é submetido e esmagado em nome da grandeza, no segundo, é explorado em nome da Liberdade.”
3ª - "Quem banca o Carneiro, e não o homem, a Onça chega por trás e come”. Ou então aquele outro: “Depois da Onça estar morta, qualquer um tem coragem de meter o dedo no Cu dela.”
4ª - "Todos eram condenados à morte e saíam deste mundo sem saber para que tinham sido chamados ou que sentido tinha esse jogo estranho — ensolarado, sinistro, enigmático mas belo, apesar de perigoso e meio insano.”
5ª - "Tá, é da vez que eu largo esse Brasil velho e vou me embora pr’o Ceará!”
6ª - "O que é cruel e sujo faz parte da vida, e terá que ser enfrentado com as armas do sangue, do riso, e da luta, com a valente tenacidade do homem diante do que a Vida tem de mais desordenado - sofrimento, humilhação e Morte.”
7ª - "(...) em arte a gente não quer astúcias intelectuais, mas vida pulsando, embora sem saber como pulsa e por que pulsa.”
8ª - "Há uma pederastia revoltada e da Esquerda, e outra reacionária e da Direita! A de Dom Sebastião era da Direita, por isso sou contra ela!"
9ª - "Rói-Couro, de modo que dessas coisas de raparigagem e fudelhança entendo um bocado! Se um de vocês dois quiser se candidatar a “Gênio da Raça”, é só pedir minha ajuda: eu garanto fornecer a vocês pelo menos 40 sinônimos de puta, nenhum deles usado por Ruy Barbosa!”
10ª "(...) é “jaguar”, anta, é “Tapir”, e qualquer cavalinho esquelético e crioulo do Brasil é explicado como “um descendente magro, ardente, nervoso e ágil das nobres raças andaluzas e árabes, cruzadas na Península Ibérica e trazidas pelos Conquistadores fidalgos da Espanha e de Portugal, quando realizaram a Cruzada épica da Conquista.”
Iniciação à estética (1975)
1ª - "[A beleza aristotélica] Decorre, apenas, de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo”
2ª - "A Arte não produz unicamente o Belo, mas também o feio, o horrível, o monstruoso. Existem obras-primas que representam assuntos horríveis, máscaras terrificantes, pesadelos que enlouquecem".
3ª - "(...) a beleza de um ser material depende da maior ou menor comunicação que tal ser possua com a Beleza Absoluta, que subsiste, pura, imutável e eterna, no mundo suprassensível das Ideias."
4ª - "(...) é Hegel quem formula a ideia de que a Beleza artística tem mais dignidade do que a da Natureza, porque, enquanto esta é nascida uma vez, a da Arte é como que nascida duas vezes do Espírito: razão pela qual a Estética deve ser, fundamentalmente, segundo ele, uma Filosofia da Arte."
5ª - "Nenhum prazer ligado ao fim pode ser estético, porque todo ele é interessado.
6ª - "a satisfação determinada pelo juízo de gosto é uma finalidade sem fim’."
7ª - "A impossibilidade de resolver os problemas estéticos adviria, em primeiro lugar, da diferença radical existente entre os juízos estéticos (ou juízos de gosto), e os juízos de conhecimento."
8ª - "Platão afirmando que a beleza de um objeto depende da maior ou menor comunicação que ele tem com uma Beleza superior, absoluta, divina, única Beleza verdadeira, que subsiste, por si só, no mundo suprassensível das Essências; (...)"
9ª - "(...) reservando-se o nome de Belo para aquele tipo especial, caracterizado pela armonia, pelo senso de
medida, pela fruição serena e tranquila — o Belo chamado clássico, enfim."
10ª - "Beleza não é uma propriedade do objeto, algo que se encontra no objeto, e sim uma construção do espírito do contemplador colocado diante do objeto."
Serviço
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