O maior painel de Romero Britto em espaço aberto e público será instalado neste domingo, no Brasil. Não em Pernambuco, estado natal do artista plástico, mas na região de Poá, no extremo Leste da Grande São Paulo. A obra, com dimensão de 5m de largura por 10m de altura, é uma releitura de outra tela de Romero e ficará na Escola Professor José Antonio Bortolozzo, considerada o berço social da comunidade para cerca de 10 mil crianças e jovens. "A ideia da obra é inspirar transformação", resume o artista, em entrevista exclusiva, concedida por telefone, na tarde desta sexta-feira.
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[SAIBAMAIS] O recifense radicado em Miami, nos Estados Unidos, veio a São Paulo especialmente para inauguração. A versão do desenho e o estudo da paleta de cores original deste painel foram feitos por Romero em seu ateliê, na Lincoln Road. A pintura da peça foi uma ação colaborativa de cem funcionários da seguradora Zurich, em Poá. O preço da obra é mantido em sigilo. A seguradora diz apenas que fez uma contribuição simbólica, pois Romero "entendeu e quis participar do projeto social".
Romero Britto é assumidamente avesso a criar qualquer peça que não seja solar, positiva. Por isso, em vez da crítica, prefere criações com o que prefere chamar de enfoque social. No painel, retrata uma família, sob um guarda-chuva. Uma obra que evoca a sensação de acolhimento. "Sempre fiz trabalhos para as Nação Unidas, inspirados em educação porque é o que acho que transforma a vida das pessoas. Tem muita coisa acontecendo no mundo, mas gosto de manter a inspiração positiva, e acho superlegal estar envolvido em projetos assim", comenta o recifense.
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