Viver

Um ator entre a novela Os Dez Mandamentos e uma série do Porta dos Fundos

Ator carioca intepreta Datã na novela bíblica e está no elenco de O grande Gonzalez, a primeira série do Porta para TV por assinatura

Foto: Record/Divulgação

Bruno Padilha vive o controverso Datã em Os dez mandamentos. O ator está no elenco da novela bíblica, exibida na TV Clube/Record, desde a terceira fase. Logo no início, o hebreu comanda uma rebelião contra Moisés. "Ele começa contra o profeta. O personagem mostra que ninguém é só mau. Gosto de personagens longe do maniqueísmo. Dá mais humanidade", comenta Bruno, em entrevista ao Viver.

[SAIBAMAIS]A preparação para o personagem foi a partir de pesquisas, leitura e workshop. "Não há referências concretas sobre o período. Eu me inspirei muito na Bíblia. Ao mesmo tempo, isso permite a criação", recorda o ator. Desde 2012 na emissora, já trabalhou em José do Egito e Milagres de Jesus. Além da novela, ele estará na série O grande Gonzalez, a primeira produção de ficção do grupo Porta dos Fundos para televisão.

A estreia no canal Fox está prevista para novembro deste ano. No cinema, fará uma participação afetiva no filme Canastra suja, que tem Adriana Esteves como protagonista.

Você se impressiona o sucesso de Os dez mandamentos?

Muito. Me dá muito orgulho. O sucesso não tem fórmula. Às vezes, tem texto maravilhoso, elenco fantástico, mas não alcança o sucesso. Mas a novela é uma feliz surpresa. Isso se deve muito aos cuidados da direção e dos criadores, ao elenco, que tem uma união. Eu entrei na terceira fase, mas foi ótimo. Um reencontro de amigos. Trabalhar com um lugar que tem prazer, com amigos. O trabalho está diretamente ligado a um ambiente. É uma dramaturgia muito boa. A Bíblia tem uma dramaturgia boa. Tem muitos conflitos ali. É um livro, independentemente da religião. É um best-seller mundial. E isso desperta o interesse. Acho que está sendo muito bem contada.

Os seus três últimos trabalhos na Record foram produções muito elogiadas, como Plano alto e Conselho tutelar. Você enxerga isso como um bom momento da dramaturgia brasileira?

A Record tem acertado muito. Eu prefiro ficar com olhar distanciado desse olhar de concorrência, mas a televisão de forma geral está no momento de se reinventar. Prefiro focar no olhar mais artístico. É importante ter esse novo olhar. O público está mais antenado, inteligente, mais amadurecido. A teledramaturgia existe já há muitos anos. A Globo determinou um padrão de excelência para o Brasil, mas o público ganhou uma malícia, não perdeu o interesse. Tudo que tem hoje de audiovisual é outra coisa. Acho que o mérito do sucesso disso tudo é agregar bons valores.

Há expectativa em torno da cena do Mar Vermelho. Qual é a sua?

Estamos todos juntos buscando a melhor possibilidade. É o grande momento da novela. A gente espera que seja satisfatório para o público. A gente gravou os planos abertos. O pessoal da Stargate Studios fez a pós-produção em Los Angeles. Na próxima semana, faremos os planos fechados. A gente sempre vai dar o nosso melhor onde estiver. Existem várias variáveis numa produção, mas a gente está ali para se divertir. A profissão dá uma chance

Você também está na nova série do Porta dos Fundos para a Fox. O que pode adiantar da produção? Como foi esse contato com o grupo de humor?

É a primeira série de dramaturgia deles para televisão. É uma história engraçada. Eles são geniais. Eu faço um detetive meio no sense. A trama aborda um crime em uma festa infantil. O assassino é um mágico e a gente faz uma espécie de CSI. Somos detetives atrapalhados. Eu tenho muito tempo de estrada no Rio de Janeiro, já conhecia o Gregório Duvivier e o Ian SBF. Não contraceno com Clarice Falcão, mas sou muito fã de João e Adriana Falcão. Tenho todos os livros de Adriana. O DNA dessa família é muito especial.  

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