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Queridinha de Maze Runner, Kaya Scodelario dispara: "Não quero vir ao Brasil só para ir à praia"

Filha de brasileira, Kaya planeja atuar na televisão ou cinema nacionais, e volta às telonas nesta quinta-feira (17)

Kaya scodelario dá vida a Teresa, a "mocinha" do longa. Foto: Marcos Amaral/Divulgação

Filha de brasileira, a atriz inglesa Kaya Scodelario fala português fluentemente, inclusive durante entrevistas. Se declara apegada ao país e demonstra emoção ao segurar a bandeira do Brasil no tapete vermelho da pré-estreia de Maze Runner: prova de fogo, em São Paulo, cercada de fãs da saga na qual interpreta Teresa.

Kaya faz planos de atuar em produções nacionais e, em entrevista ao Viver, fala sobre essa possibilidade, sobre as reviravoltas da atual personagem e sobre as expectativas para o encerramento da trilogia, no ano que vem. Maze Runner: prova de fogo estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17).

>> ENTREVISTA: Kaya Scodelario

Qual a sensação de vir ao Brasil, país da sua mãe, divulgar o filme?

A noite passada [da sessão de pré-estreia] foi uma das mais emocionantes da minha vida. Me sinto em casa no Brasil, os fãs fazem com que a gente se sinta em casa, nos acolhem. Me senti brasileira, isso é incrível.

O que espera da sua personagem, Teresa, na continuação da série?

Acredito que, no terceiro longa da série, Teresa deve explicar e deixar mais claras algumas decisões que toma em Maze Runner: prova de fogo. Ela é uma personagem forte, surpreendente. Atuar é isso, também. Ter a responsabilidade de dar vida a algumas contradições, reviravoltas, não ser sempre uma heroína. Uma das melhores coisas nessa série é que os garotos são pessoas comuns, humanos, não superheróis.

[SAIBAMAIS] Como vê a relação entre Teresa e Thomas?

Eu gosto muito dessa relação entre os dois. Existe amor, existe romance, existe uma conexão, mas ela é complexa. Não há tempo para irem a um encontro ou desenvolverem um relacionamento romântico. O mundo está destruído ao redor deles, não há espaço para romance. Nós sabíamos disso desde o princípio.

Como tem sido a experiência de dar vida às reviravoltas emocionais de Teresa? O que pensa sobre como a personagem surpreendeu a todos nesse longa?

Atuar também é sobre isso. Ela é uma mulher forte. Essa contradição pela qual está passando é uma prova disso. Atuar é também ter a responsabilidade de ser contraditória. É não ser o cara bonzinho o tempo todo. Teresa está muito solitária, está confusa sobre quem é, sobre o que está acontecendo. Ela recuperou informações que a distanciam dos outros personagens, que estabelecem essa diferença entre como ela interpreta os fatos e como Thomas, por exemplo, os interpreta.

Você já declarou, antes, interesse pela televisão e pelo cinema brasileiros. Pensa em atuar nas produções locais?

Português é minha segunda língua, aprendi com a minha mãe [brasileira]. Penso nisso, adoraria, mas preciso praticar mais o idioma, melhorar minha fluência. Não quero vir ao Brasil somente para ir à praia, sabe? Quero me envolver com um projeto de verdade, algo grandioso. Quero fazer um trabalho real. Então, sim, uma vez que eu consiga aperfeiçoar meu português, eu adoraria atuar no cinema ou na televisão do Brasil.

Kaya diz que atuar exige a capacidade de dar vida a uma personagem contraditória. Foto: Marcos Amaral/Divulgação

O que pretende fazer agora, após os eventos de divulgação de Maze Runner: prova de fogo?

Vai ser bom ir para casa [na Inglaterra, onde vive com a mãe]. Descansar um pouco, me concentrar, ficar um pouco em casa.

Ter os livros como referência foi uma cobrança a mais ou ajudou a desenvolver a personagem?

É bom ter as referências dos livros. Me preocupei com a forma como conduziria a personagem, porque sei que os fãs, especialmente os que leram as obras, estão muito atentos. E hoje, nas redes sociais, todos os desvios ou falhas repercutem rapidamente. Mas os livros me ajudaram. E os fãs têm sido incríveis. Nós estamos desenvolvendo uma adaptação dos livros. Seria muito mais fácil simplesmente copiá-los, mas trata-se de uma adaptação. É muito interessante.

Quais as principais diferenças entre participar de um seriado e de um longa-metragem?

Para mim, a principal diferença é que, nos bastidores de uma série, você forma uma espécie de família. Eu gosto disso. Você convive com aquelas pessoas durante meses, gravando um episódio por semana, mais ou menos. Essa é a parte que mais gosto em integrar o elenco de uma série.

Houve algum tipo de preparação física para gravar as cenas de ação?

Houve, sim. Eu deveria ter me dedicado mais a isso, mas não fiz isso, confesso. (risos) Tivemos uma semana de treinamento. Mas o que eu acho legal em Maze Runner é que os atores não são superheróis. Eles são pessoas comuns, correm como pessoas comuns, tropeçam, lutam, se aventuram como um adolescente comum faria. Não são como Tom Cruise [em Missão Impossível], sabe? (risos)

Como foi, para você, dividir a cena com uma nova personagem feminina de destaque? Antes, Teresa era única.

A chegada dela [a personagem Brenda, interpretada por Rosa Salazar] trouxe nova energia ao set, ao filme. Ela é uma ótima atriz, enriqueceu o filme. Nós nos divertimos juntas.

*A repórter viajou a convite da Fox

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