A regra do jogo estreou como a principal aposta da Globo para alavancar a audiência da faixa das 21h, após o frustrante desempenho de Babilônia. Apesar de um bom capítulo, a trama de João Emanuel Carneiro registrou média de 31 pontos, a mais baixa do horário da história da emissora em um começo.
[SAIBAMAIS]Enquanto coincidia com Os dez mandamentos, dados prévios apontaram 20 pontos para a Record e 25, Globo. Após o término da trama bíblica, que exibia cenas com efeitos especiais sobre as pragas do Egito, a audiência foi a 34. Estrategicamente, a novela bíblica de Vivian de Oliveira foi estendida em 20 capítulos e deve continuar como "calo" da Globo.
Para fisgar o público de cara, A regra do jogo apostou em um arsenal de elementos inovadores, passando pela narrativa, capítulos com títulos - influência de seriados internacionais -, agilidade e fotografia diferenciada. O primeiro foi batizado de A outra face. O segundo, Bandido podre. O recurso da caixa cênica, com câmeras escondidas espalhadas no cenário, imprimiu mais veracidade às cenas.
A apresentação do protagonista Romero Rômulo (Alexandre Nero) teve gosto de reviravolta. De defensor de direitos humanos a membro de organização criminosa, o personagem escancara a dualidade, essência das novelas do autor de Avenida Brasil. Até a mocinha Tóia, interpretada por Vanessa Giácomo, experimentou o lado controverso, ao furtar dinheiro do caixa de uma boate para pagar a cirurgia da mãe, Djanira (Cássia Kis Magro).
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