"A gente pode vaiar nossos horrores e a gente também pode aplaudir a[VIDEO1]s nossas maravilhas", disse o ator Matheus Nachtergaele no palco do Festival de Brasília quando Cláudio Assis foi vaiado antes de apresentar o longa-metragem Big Jato. Mesmo com microfone, o cineasta não conseguia falar porque era sempre interrompido pelos gritos de boa parte da plateia, que em coro o chamava de "machista". No final da projeção, os aplausos sobressairam-se.
Os ataques, afinal, não eram ao filme ou aos demais artistas envolvidos. Eram direcionados para o diretor. Além de Assis e Nachtergaele, que falou sem ser interrompido, subiram ao palco 24 integrantes da equipe e do elenco do filme, como Marcélia Cartaxo, Jards Macalé, Hilton Lacerda, DJ Dolores, Vertin Moura, Jr Black, crianças, adolescentes e o escritor Xico Sá, autor do livro Big Jato, que deu origem ao roteiro do filme.
[SAIBAMAIS]O grupo, que já esperava pelo protesto, não demonstrou incômodo e até pareceu entusiasmado com a situação, como se apoiasse a causa essencialmente defendida pela manifestação: a luta contra o machismo. "Viva a vaia!", gritou Xico Sá. Cláudio Assis também falou "viva a vaia".
Nas redes sociais, críticos de cinema que estavam presentes na sessão elogiaram o filme, que tem tanta originalidade quanto os três longas anteriores do diretor (Amarelo manga, Baixio das bestas e Febre do Rato).
Cláudio Assis recebeu as vaias e foi chamado de machista por causa do comportamento que teve durante um debate com a cineasta Anna Muylaert, diretora do filme Que horas ela volta?, no fim de agosto, no Cinema do Museu, no Recife.
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