Tudo indicava que ela seria um tremendo sucesso. Afinal, foi lançada com toda a pompa e circunstância para celebrar os 50 anos da Globo. Com elenco estelar, com nomes como Glória Pires, Fernanda Montenegro e Adriana Esteves, e escrita por um dos autores de maior prestígio, Gilberto Braga, Babilônia estreou em março com um capítulo eletrizante, com direito a assassinato, traições e até beijo lésbico. De cara, já provocou polêmica.
[SAIBAMAIS] Ao longo das semanas seguintes, a trama foi perdendo força e os autores se viram obrigados a fazer mudanças. Cenas tiveram que ser reescritas e vários atores passaram fins de semanas e feriados regravando, o que gerou reclamações nos bastidores. Para os especialistas, a maldade excessiva, as doses exageradas de corrupção, as traições e os temas sombrios, sem contar a mocinha insossa - Regina (Camila Pitanga) -, afundaram a produção global, que patinou feio nas pesquisas de audiência, chegando a ter a pior média da história do horário (25 pontos).
“Foi uma trama que se perdeu devido às várias modificações. Uma novela remendada. Pra mim, o que deu mais errado foi mexer na estrutura original”, opina o jornalista especializado em televisão Nilson Xavier. Prevista para terminar em outubro, foi encurtada e acabará nesta sexta-feira (28).
O outro autor do folhetim, Ricardo Linhares, chegou a apontar como causa do mau desempenho da história o conservadorismo do telespectador brasileiro, já que a narrativa trazia temas como homossexualidade e corrupção.
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