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FIG 2015: Ana Carolina protagoniza primeira noite e fãs perdoam atraso nos shows; confira cobertura

Cada apresentação atrasou, em média, uma hora em relação ao horário previsto, a partir da cerimônia oficial de abertura do festival

Ana Carolina encerrou a primeira noite de shows no Palco Mestre Dominguinhos. Fotos: Foto: Costa Neto/Secult-PE

A primeira noite do Festival de Inverno de Garanhuns, no Agreste pernambucano, começou sob garoa persistente e temperatura de 17ºC. Os atrasos de uma hora, em média, empurraram os shows do Palco Mestre Dominguinhos madrugada adentro. Mas, à exceção da performance encurtada de Isaar (com o intuito de recuperar os horários previstos na programação), todos tiveram tempo bastante para mostrar projetos novos e comover o público com hits da carreira.

Cynthya tentava entregar o desenho à cantora. Foto: Larissa Lins/DP/DA Press

Nos bastidores, a estudante Cynthya Arruda (foto ao lado), aguardava uma chance para conhecer a cantora. Integrante do fã clube Delícias da AC, criado em São Paulo, veio do Recife munida de uma ilustração de Ana Carolina, feita por um amigo. Embarcou numa van somente para assistir ao show e tentar o contato, sem sucesso até então. "A produção do show informou que ela não poderá atender. Talvez mais tarde, ou numa próxima...", refletiu a moça. Assim como ela, dezenas de fãs seguravam cartazes, atiravam flores sobre o palco e arremessavam bichos de pelúcia em direção à artista (xonfira no vídeo abaixo).

Ana Carolina encerrou noite dedicada às mulheres, protagonizada ainda por Isaar, Renata Rosa e Kiara Ribeiro. Esta última, garanhunhense, foi a primeira artista a pisar no Palco Mestre Dominguinhos nesta edição do evento, por volta das 22h. Kiara é conhecida na cidade como "a Ivete Sangalo de Garanhuns" e escolheu clássicos da MPB para o repertório. A primeira música do FIG foi Andar com fé. "Espero o ano inteiro por esse festival, para me inscrever e saber se fui aceita. Estar aqui tem um peso, uma tradição, é de grande responsabilidade", declarou a cantora local.

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Com a sequência de atrasos, iniciada ainda na cerimônia oficial de abertura, Renata Rosa e Isaar também subiram ao palco mais tarde que o previsto. Renata, que deveria se apresentar às 22h, entrou às 23h. Isaar, prevista para as 23h, subiu à meia-noite. Na tentativa de diminuir a lacuna entre a expectativa do público e a realidade do cronograma, Isaar permaneceu somente 40 minutos em cena. Fez sucesso, mostrou sorriso e desenvoltura. Merecia mais tempo.

E o corte não fez efeito. O palco permaneceu vazio entre 0h40 e 1h15, enquanto Ana Carolina se preparava no camarim. Nas últimas horas da madrugada, o movimento continuava grande nas principais avenidas de Garanhuns. E muitos já falavam no show da Banda Calypso, marcado para a madrugada desta sexta (17) para o sábado (18), à 0h30.

Isaar permaneceu somente 40 minutos no palco. Merecia mais. Foto: Costa Neto/Secult-PE

SOLENIDADE

Marcada para as 19h e atrasada em cerca de 40 minutos, a cerimônia oficial de abertura do 25º Festival de Inverno teve as presenças do governador Paulo Câmara - cuja chegada era aguardada para dar início à solenidade - acompanhado do secretário de Turismo e Lazer, Felipe Carreras, e de comitiva, além do secretário de Cultura, Marcelino Granja, da presidente da Fundarpe, Márcia Souto, e do prefeito de Garanhuns, Isaías Régis. Nos discursos, a homenagem à escritora Luzilá Gonçalves, colunista do Diario de Pernambuco, abriu espaço às menções sobre a luta das mulheres e a igualdade de gêneros.

[SAIBAMAIS] "Espero que outras mulheres sejam homenageadas daqui em diante", declarou Luzilá, que recebeu, no palco do Teatro Luiz Souto Dourado, os cumprimentos das autoridades. E para os próximos nove dias, o governador prometeu: "Faremos um festival simples, porém bonito", em clara referência aos cortes de verbas do evento - aproximadamente 20% em relação ao ano passado - e ao momento de fragilidade econômica no país.

O show Porcelana, que tomou o palco do Luiz Souto Dourado após as formalidades da noite, pareceu anunciar o contrário. Mais sofisticado do que "simples", o projeto de Gonzaga Leal e Alaíde Costa - vestida como uma diva do jazz, com direito a traje longo, preto e brilhoso - se estendeu por uma hora e meia, com clássicos da música nacional. A plateia, que somava cerca de 100 pessoas durante os discursos das autoridades, multiplicou-se. E não deixou o teatro até que os músicos se despedissem. Alaíde abriu o show com As Bachianas nº 5, aplaudida de pé pela plateia. Entre as músicas, a atriz Ceronha Pontes dramatizava textos de Luzilá, com destaque para a performance de Os rios turvos, também ovacionada pelo público.

Alaíde Costa e Gonzaga Leal cantaram clássicos no show Porcelana. Foto: Foto: Costa Neto/Secult-PE

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