Segundo Almir Cunha, um dos líderes do levante, a convocação foi toda feita através das redes sociais. Cerca de 500 pessoas foram convidadas, mas a estimativa é de que 10% compareçam ao encontro, ao lado da escultura Carne da Minha Perna (a do caranguejo), às 14h. A ideia é redigir uma carta com as exigências detalhadas em torno da revitalização ou transferência do Memorial Chico Science.
“Esperamos que fãs e artistas ligados ao manguebeat compareçam”, diz Almir, estudante de jornalismo, que administra o Raízes do Mangue, com o amigo Marcos Azeredo. Para ele, a atual sede do memorial está muito aquém do legado de Science. Os objetos cedidos pela família do músico, bem como acervos de livros e discos que serviram de referência ao manguebeat, estão se deteriorando. O cartaz virtual de divulgação do protesto foi compartilhado por Jorge DuPeixe na página oficial da Nação Zumbi. A legenda “essa preocupação também é nossa” só encorajou o Raízes do Mangue.
Os funcionários contam que, em época de férias, o fluxo de visitantes aumenta, principalmente antes do carnaval. A gerente operacional do Memorial, Carmem Piquet, trabalha na sede da prefeitura, que - por meio da Secretaria de Cultura - informou por e-mail que não poderia responder às demandas da reportagem até o fechamento desta edição.
ATUALIZAÇÃO: Na noite de ontem, após o fechamento do caderno Viver, a Secretaria de Cultura informou, através de email, que a Prefeitura fará uma análise das reivindicações do Movimento Raízes do Mangue, assim que as receber oficialmente para, em seguida, definir quais as ações que poderão ser realizadas no local.
Confira Chico Science & Nação Zumbi com Manguetown:
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Centro de Design
Também sediado no Pátio de São Pedro, o Centro de Design encontra-se temporariamente fora de atividade. A previsão dos funcionários que estavam no local é de que ainda neste semestre o endereço receba novas oficinas ou exposições.
Casa do Carnaval
Coordenada pelo gerente operacional Cláudio Nascimento, a casa guarda livros, álbuns, manuscritos, estandartes e peças carnavalescas. Funciona há seis meses em endereço provisório, também no Pátio de São Pedro, onde a sede oficial está sendo reformada. Também sem placas, mas de estrutura organizada e convidativa. O assistente de pesquisa Cássio Ranieri orienta os visitantes.
Núcleo de Cultura Afro
Vizinho à sede provisória da casa do carnaval, o núcleo foi instalado no Pátio de São Pedro em 2001. Guarda referências do folclore afro, de esculturas a documentos. É coordenado pelo mesmo gestor da Casa do Carnaval, Cláudio Nascimento.
Memorial Luis Gonzaga
Localizado ao lado do Memorial Chico Science, tem estrutura bastante diferente do vizinho. Conservado e refrigerado, não tem o glamour do Cais do Sertão, mas guarda acervo precioso do Rei do Baião. É administrado pelo pesquisador Josemauro de Alencar, que comanda uma equipe de oito pessoas - dividias em pesquisa, mediação do público e catalogação de documentos.