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Há 18 anos, música brasileira perdia Chico Science. Relembre trajetória do cantor

Cantor foi vítima de trágico acidente automibilístico que lhe tirou a vida aos 30 anos de idade

Chico Science durante show em 1994. Crédito: Gil Vicente/Arquivo Pessoal

Há exatamente 18 anos, a alfaia de Chico Science silenciava. Vítima de um trágico acidente automobilístico, o cantor e líder da Nação Zumbi deixava a vida aos 30 anos, às vesperas da gravação de um terceiro disco de estúdio. Na época, Chico e a Nação surfavam na onda de sucesso e Afrociberdelia (1996),  que trazia os hits Manguetown e Maracatu Atômico.

[SAIBAMAIS] Porém, os pouco mais de sete anos em esteve na ativa foram suficientes para que Francisco de Assis França, como era seu nome de batismo, causasse uma revolução na música brasileira e recolocasse Pernambuco no mapa cultural do país.

O início da virada começou quando, junto com Fred Zero Quatro, da banda Mundo Livre S/A, lançou o manifesto Caranguejos com cérebro. O texto foi o pontapé inicial do movimento manguebeat, que misturava ritmos regionais como o maracatu ao rock e a música eletrônica. A iniciativa chamou não só a atenção de gravadoras como a Sony e a Virgin, como do Brasil inteiro.

A banda que mais se destacou foi a Nação Zumbi. O grupo fez três shows em Belo Horizonte e São Paulo e se projetou para a mídia nacional. Lançado em 1994, Da lama ao caos até hoje é exaltado como um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos e projetou o grupo. O álbum trazia músicas como Samba Makossa, Rios, pontes & overdrives, A cidade e a faixa que lhe deu título. Logo Chico Science era o porta-voz de toda uma geração e um dos responsáveis por renovar o rock nacional, junto de bandas como Planet Hemp, Raimundos, Skank e O Rappa.

Afrociberdelia, de 1996, trouxe Manguetown, Macô e Maracatu atômico e levou a Nação Zumbi a excursionar pelo país. Mas Chico aproveitou pouco o sucesso de seu segundo rebento, lançado em junho, já que, cerca de sete meses depois, aconteceu o acidente que lhe tirou a vida. Aos fãs, fica a memória do homem que eternizou versos como "Um passo para frente e você não está mais no mesmo lugar". Daruê malungo, Chico.

Confira Chico Science e Nação Zumbi com A cidade:

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