Vida Urbana

Caso Beatriz: Relembre crime em Petrolina exibido no Linha Direta de hoje (18)

O caso Beatriz ganhou notoriedade devido a crueldade do crime, mas sua solução foi acontecer apenas em janeiro de 2022, seis anos após o assassinato.

Beatriz tinha 7 anos quando foi assassinada

 

A morte da menina Beatriz Angélica Mota, em Petrolina, Sertão do estado, será tema do programa Linha Direta, da TV Globo, nesta quinta-feira (18). Relembre o crime, que ocorreu em 2015 e chocou os pernambucanos. 

 

NOITE DO CRIME

 

O assassinato da menina Beatriz aconteceu durante a formatura de sua irmã, Samira, no Colégio Maria Auxiliadora. No evento estavam, aproximadamente, 2.500 pesoas, entre familiares de formandos, alunos e funcionários. Na ocasião, Beatriz, de 7 anos, estava acompanhada dos pais, Lucia e Sandro, e outros familiares.

 

Por volta das 22h, a menina pediu a mãe para ir até um bebedouro, localizado na parte de baixo da arquibancada do ginásio onde estava acontecendo o evento.

 

Cerca de uma hora depois, o corpo de Beatriz foi encontrado em um depósito de material esportivo desativado, ao lado do ginásio onde acontecia a formatura, com 42 golpes de faca.

 

Depósito onde foi encontrado o corpo de Beatriz

 

DENÚNCIA

 

O caso Beatriz ganhou notoriedade devido a crueldade do crime, mas sua solução foi acontecer apenas em janeiro de 2022, seis anos após o assassinato.

 

Marcelo da Silva foi identificado pela Polícia Científica a partir de exames de DNA encontrados na faca utilizada no assassinato da criança. O material genético foi comparado com 124 pessoas suspeitas, até chegar a Marcelo, que já estava preso por outros crimes e chegou a confessar o assassinato.

 

Segundo Humberto Freire, Secretário de Defesa Social à época, o crime não foi premeditado. O suspeito contou, em depoimento, que entrou na escola para pedir dinheiro e encontrou com Beatriz, que começou a gritar, com medo. Assim, para silenciá-la, o homem a matou.

 

Ainda em 2022, o Ministério Público de Pernambuco denunciou Marcelo da Silva pelo assassinato da menina. O homem foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, com qualificadoras de motivo torpe, com emprego meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, causando um aumento de pena de um terço, pois o crime foi praticado contra uma pessoa menor de 14 anos.

 

Marcelo da Silva, acusado por homicídio qualificado.

 

Em 2023, Marcelo foi condenado a júri popular. Nesta terça, sua defesa entrou com um recurso para que ele não seja levado ao júri. 

 

O relator que irá avaliar se mantém a decisão da juíza é o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do TJPE, mas segundo o Tribunal, ainda não há previsão para o julgamento do recurso. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco