Vida Urbana

Mulher trans é achada morta dentro de casa no Recife

Caso foi registrado na Campina do Barreto, na Zona Norte

Delegacia de Água Fria investiga caso

Uma mulher trans foi achada morta dentro da casa dela, na Zona Norte do Recife. 

 
O caso é tratado pela Polícia Civil de Pernambuco como "morte a esclarecer". 
 
Por meio de nota, a corporação disse que o registro foi feito nesta quinta (1º).
 
A Delegacia de Agua Fria notificou o óbito na Campina do Barreto. 
 
A vítima tinha 24 anos e era conhecida como Ná.
 
"As investigações foram iniciadas, e seguem até o esclarecimento total do fato", disse a polícia. 

Assasinatos
 
Em 2023, houve 155 mortes de pessoas trans no Brasil, sendo 145 casos de assassinatos e dez que cometeram suicídio após sofrer violências ou devido à invisibilidade trans. 
 
O número de assassinatos aumentou 10,7%, em relação a 2022, quando houve 131 casos.

Os dados são na 7ª edição do Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2023  da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), divulgado na segunda-feira (29) no Ministério dos Direitos Humanos, como parte da programação dos 20 anos do Dia da Visibilidade Trans, celebrado anualmente em 29 de janeiro..

Em 2023, a média foi de 12 assassinatos de trans por mês, com aumento de um caso por mês, em relação ao ano anterior. De acordo com o levantamento, dos 145 homicídios ocorridos no ano passado, cinco foram cometidos contra pessoas trans defensoras de direitos humanos.

No ano passado, também foram registradas pelo menos 69 tentativas de homicídio – 66 contra travestis e mulheres trans, além de três homens trans/pessoas transmasculinas (aqueles que, ao nascer, foram designadas como sendo do sexo feminino, mas se identificam com o gênero masculino).

Estado
 
Pernambuco liderou, em 2022, o ranking de assassinatos de pessoas trans em todo o País.
 
O dado é da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

Um dossiê apontou que o estado contabilizou 13 casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) contra pessoas trans. 

De acordo com a entidade, na época, Pernambuco saiu da 5ª posição do ranking para assumir o primeiro lugar.
 
O estado foi seguido por São Paulo, que caiu da 1ª para a 2ª posição, e do Ceará, que saiu de 4º para 3º, em 2022, com 11 casos cada.
 
Minas Gerais manteve os nove casos do ano anterior e o Rio de Janeiro, que teve 12 assassinatos em 2021, fechou 2022 com oito. 

Amazonas teve oito casos e a Bahia 7. Paraná, Pará e Espírito Santo tiveram seis assassinatos cada; Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Sergipe com cinco casos cada.
 
Esses estados foram seguidos por Alagoas, Paraíba e Maranhão com quatro assassinatos em cada estado e o Rio Grande do Norte com 3.

Houve, ainda dois casos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Distrito Federal. Um assassinato em Rondônia, no Piauí e em Roraima. 

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