Vida Urbana

Policiais são absolvidos por morte de vendedor, em 2014

Foram absolvidos, na última terça-feira (20), os ex-policiais militares, Diego Fernando Silva de Lima e José Tiago Martins, que eram acusados pela morte do vendedor de automóveis Adriano Egito Santiago Ramos, aos 26 anos. O caso aconteceu em abril de 2014, quando, após uma perseguição policial, a vítima foi atingida por diversos disparos.

 

O caso foi tratado inicialmente como execução. Adriano voltava de uma comemoração, quatro dias após o seu aniversário. O homem, que não tinha antecedentes criminais, conduzia um veículo de vidros escuros e dirigia em alta velocidade. Adriano teria desobedecido ordens de parar o carro, dando início à perseguição policial, que terminou na Avenida Miguel, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife, quando o carro do vendedor foi atingido pelos tiros dos agentes.

 

Condenados a 16 anos de prisão, por júri popular, em 2017, a dupla foi também excluída dos quadros da Polícia Militar. Contudo. Os advogados de Diego Fernando, que também é árbitro de futebol inscrito na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), recorreram, apontando que a condenação teria sido contrária às provas do processo. Marco Aurélio Freire e Bruno Freire, advogados de Diego, apontaram que a perícia identificou que todos os disparos que partiram da arma do ex-policial foram em direção ao pneu traseiro do carro da vítima, numa tentativa de parar o veículo em perseguição, e não com o intuito de atingir o vendedor. Assim, os tiros disparados por Diego Fernando não contribuíram para a morte de Adriano Ramos.

 

ANULAÇÃO

 

Diante disso, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco, anulou a condenação do ex-PM, em 2020. O caso voltou a julgamento, sob nov júri, que decidiu em favor dos réus. Foi comprovado que Diego Lima não contribuiu para a morte do motorista e que o ex-policial agiu de acordo com protocolos de abordagens da Polícia Militar. No caso do outro ex-PM, José Tiago Martins, os advogados, Aurislane Olegario e Dudu Morais, afirmaram que o policial agiu em legítima defesa putativa, quando se reage acreditando estar em perigo. Os sete jurados, que foram sorteados na 4ª Vara do Júri da Capital, decidiram por unanimidade pela absolvição dos acusados. Bruno Freire, advogado de Lima afirmou que, com a absolvição, o próximo passo é tentar judicialmente a reintegração aos quadros da Polícia Militar.

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