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Colisão: Depoimento do réu deve ser ouvido nesta quinta-feira

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Julgamento do responsável por provocar colisão e três mortes na Tamarineira chega à terceira sessão, com argumentações e perspectiva de veredicto.
Continua nesta quinta-feira (17), a partir das 9h, o julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira, acusado de causar a colisão que vitimou mãe, filho e babá no dia 26 de novembro de 2017, no cruzamento entre a Avenida Rosa e Silva e a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, no Recife. Morreram a funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos, seu filho Miguel Neto, 3, e a babá Roseane Maria de Brito, 23, que estava grávida de três meses. O acidente chocou a cidade e deixou ainda dois sobreviventes: o pai, o advogado e contador Miguel da Motta Silveira Filho, 46, e a filha Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5. A menina ficou, após o choque automobilístico, com problemas neurológicos e precisando de cuidados especiais. A previsão é de que hoje seja realizado o interrogatório do acusado, debates entre acusação e defesa e definição de culpa ou inocência por parte do corpo de jurados, formado por cinco mulheres e dois homens.

O julgamento começou na terça-feira (15), ouvindo sete das 22 testemunhas arroladas ao processo, e aconteceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na Área Central do Recife. Se condenado pelo júri popular, Oliveira poderá pegar mais de 20 anos de cadeia. João Victor está preso desde 2017 e é acusado de triplo homicídio doloso (com intenção de matar) qualificado e dupla tentativa de homicídio qualificado. As qualificações devem-se ao fato de que seus atos representavam claros perigos de vida e não permitiram defesa de suas vítimas. De acordo com as investigações, o réu ingeriu álcool, tendo misturado vários tipos de bebidas, horas antes do acidente.

Na terça-feira, a primeira testemunha ouvida no júri popular foi Gleibson José de Santana, que passava pelo local no momento da colisão. Na sequência, a vítima Miguel Arruda da Motta Silveira Filho foi ouvida na sessão. Depois, foram ouvidos Matheus Pinto Peixoto e, em seguida, Artur Donato Sales da Silva, ambos amigos de João Victor, e que estavam com ele no bar antes do ocorrido. 

No mesmo dia, após o intervalo, que aconteceu das 13h40 às 15h, testemunhou o perito criminal Vinícius Nogueira Trajano. Em seguida, começaram os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa. A primeira a falar foi Cláudia Noemia Moreira Ribeiro, tia do réu. Em seguida, testemunhou Emily Necília Leandro Diniz, na condição de madrinha do acusado perante o programa Narcóticos Anônimos (NA).

A sessão de julgamento foi suspensa às 19h10 e continuou na quarta-feira (16), a partir das 9h, com a oitiva de duas testemunhas: o psiquiatra forense Antônio José Eça e o psiquiatra forense, Hewdy Lobo, que adotaram como estratégia a tese de que o réu é dependente químico, sofre de problemas mentais e precisa de tratamento mais que punição. 

A previsão é que o término do julgamento ocorra hoje e pode ser acompanhado ao vivo através do site: https://www.youtube.com/channel/UC2Rv3zTlAVElcFFM5dLG9Vw