“Hoje a gente faz a reabertura da Casa do Carnaval, o primeiro ato do programa Movimento de Valorização dos Equipamentos Culturais (Move Cultura). Viemos aqui três meses atrás, quando autorizamos fazer toda a recuperação”, disse o prefeito João Campos.
“A gente faz essa reabertura hoje com uma exposição Ciranda de todos nós, celebrando o dia de hoje em que a ciranda virou patrimônio cultural do nosso país. Se você não conhece, venha ao Pátio de São Pedro visitar a Casa do Carnaval e celebrar a nossa cultura”, convidou.
A cerimônia de entrega das obras contou com a presença de nomes importantes para a cultura pernambucana e da capital, como a cirandeira Lia de Itamaracá. “Isso é uma maravilha, é a cultura se revivendo. Não se pode deixar a cultura morrer”, defendeu. A rainha da ciranda está entre as pessoas homenageadas nas paredes da exposição. Ao lado dela está Cristina Andrade, cirandeira do Recife.
O Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural Casa do Carnaval, que soma 31 anos de existência e serviços prestados à cultura e à pesquisa cultural, reabre agora as portas para o atendimento presencial do público com instalações físicas e acervos recuperados e prontos para contar as histórias que a cultura produz e reproduz sobre uma sociedade e seu tempo. O espaço cultural, mantido pela Prefeitura do Recife, foi, ao lado da Escola de Frevo, um dos primeiros alvos do Move Cultura, definido como prioridade da nova política cultural.
EXPOSIÇÃO
Ciranda de todos nós conta a história da tradição, feita de dança e música, tecida na oralidade e repassada literalmente de mão em mão, nos círculos geracionais que ainda se sucedem na Zona da Mata Norte e no litoral da Região Metropolitana do Recife. A mostra retrata as origens, a geografia e a indumentária da ciranda, além de exibir instrumentos musicais e celebrar mestres e mestras que já giraram essa roda, com citações impressas nas paredes.