Vida Urbana

'Meu dia das mães está marcado para sempre' diz puérpera que teve Covid-19


Para além da sua filha, Rita ficou aflita pelos pais, que eram do grupo de risco, e o marido atuante na linha de frente no combate ao novo coronavírus. “Optei por permanecer sozinha e se não fosse o acolhimento que recebi na maternidade, com certeza, teria sido muito traumático. Tive um episódio de ansiedade e muito medo de ter uma piora no quadro, além da saudade da minha família, do meu lar, do meu esposo. Planejamos um fim de gestação tão tranquilo e fomos parar no olho do furacão.”


Para este primeiro Dia das Mães, Rita revela que a comemoração será dobrada e cheia de significados particulares para sua família. “Meu Dia das Mães está marcado para sempre como um sinal de milagre. Somos sobreviventes da pandemia! Minha família está saudável e olhar para minha filha um mês depois, sabendo que recebemos uma nova chance, é muito forte, lindo, me comove sempre que lembro.”

Gestantes e a Covid-19

O médico Itamar Santana, 31, atua com atendimento ginecológico, pré-concepcional e de tentantes, atendimento obstétrico com foco em gestação de alto risco, parto normal humanizado/adequado, planejamento reprodutivo e  cirurgias ginecológicas. Ele evidencia que é uma vitória para todas as gestantes, puérperas e lactantes de serem incluídas no Plano Nacional de Vacinação e  poderem ser vacinadas contra a Covid-19 em todo o Brasil. “Essa vacinação tem uma importância imensa para estes grupos. Está sendo utilizada a vacina da Pfizer e, com isso, teremos um perfil de proteção muito maior para essas mulheres. Essas pacientes que serão vacinadas precisam continuar com todos os cuidados habituais de combate à Covid-19”.
 
O ginecologista enfatiza que este grupo já foi vacinado nos EUA e que não houve registro de problema materno quanto fetal. Ele alerta também que, caso seja ofertada outra vacina como CoronaVac e AstraZeneca, não há problema para as gestantes, puérperas e lactantes. “Caso essas outras vacinas sejam ofertadas, por qualquer motivo que seja, também não há o porquê não tomar. As tecnologias nessas vacinas já são conhecidas por todos nós porque são utilizadas em vacinações durante o próprio período pré-natal com a vacina da gripe, tétano e da hepatite B. Então, o perfil de segurança é basicamente o mesmo”, explicou.

Um ponto importante levantado pelo médico é que quando a gestante ou lactante recebe a vacina, além de estar se protegendo, estará passando essa proteção para o bebê. “Os anticorpos dessa vacina serão passados através da placenta para o bebê e também durante a amamentação. Então, como temos programação para a vacinação no calendário infantil para o coronavírus, essa passagem de anticorpos é extremamente importante para a proteção do bebê”. 

Com isso, no Dia das Mães de 2021, para as gestantes, puérperas e lactantes o maior presente será poder se imunizar e poder proteger seu bebê, dessa forma, tornando a vacinação um ato de amor de mãe para filho. 

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