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DIA DAS MÃES

Exposição no Shopping Recife enaltece a maternidade

Publicado em: 07/05/2021 12:56 | Atualizado em: 07/05/2021 15:36

Giselle Fortaleza, mãe e uma das idealizadoras da exposição (Foto: David Barros / Divulgação)
Giselle Fortaleza, mãe e uma das idealizadoras da exposição (Foto: David Barros / Divulgação)
Para quem acha que mãe é tudo igual, a exposição fotográfica em atividade no Shopping Recife, Zona Sul da cidade, mostra o contrário. Mãe não é tudo igual. Cada mulher passa pela experiência da maternidade de uma forma única, diferenciada e merece ser evidênciada de forma respeitosa. 

Com o título "Mãe, amor que se sente na pele", as histórias contadas no evento mostram a riqueza e a individualidade da experiência. A exposição pode ser conferida na Clínica Pele, localizada no mall.

Os empresários Gleyce Fortaleza, Fernando Costa e Giselle Fortaleza escolheram histórias que remetem à essas diferenças, mas sempre exaltando a força da mulher mãe. "Considerando o atual momento em que vivemos, pensamos em homenagear todas as mães, e foi lindo porque tivemos o privilégio de poder compartilhar  histórias fortes e inspiradoras”, comenta Giselle Fortaleza.

Entre as 40 fotografias expostas estão histórias que envolvem a chegada de gêmeos, de bebê arco-íris, além de mães que aguardam a chance de exercer a maternidade através da adoção e aquelas que já possuem seus filhos do coração.

Patrícia Maria de Luna e Liliane Dantas, mães dos gêmeos João e Joaquim (Foto: Debora Ghelman / Divulgação)
Patrícia Maria de Luna e Liliane Dantas, mães dos gêmeos João e Joaquim (Foto: Debora Ghelman / Divulgação)

Entre as verdades inspiradores está a das mães Patícia Luna, de 35 anos, e Liliane Dantas, de 33, empreendedora social e arquiteta, respectivamente.  O casal conta que planejou ser mães no já começo do relacionamento, que tem onze anos. "Primeiro casamos e decidimos pela gravidez com apoio da fertilização in vitro. Pela vontade de querer gestar, Lilianne gestou nossos filhos. Utilizamos um óvulo de cada uma de nós, fertilizado com o mesmo doador, "destaca Patrícia.

Todo o processo ficou marcado na vida das mães que dividiram cada momento especial. "Dividimos tudo, até a amamentação. Nós duas amamentamos e tudo começou ali na sala de parto. Tivemos a instrução de uma consultora de amamentação e doula. E foi ali, na sala de parto, quando você vê o bebê no seu colo, sente o cheiro, que você nasce realmente como mãe”, finaliza. Patrícia e Liliane são mães há um ano e quatro meses dos meninos João e Joaquim.

Professora Wanessa Tenório, com os filhos biológicos e adotados, além do sobrinho (Foto: Karol Rodrigues / Divulgação)
Professora Wanessa Tenório, com os filhos biológicos e adotados, além do sobrinho (Foto: Karol Rodrigues / Divulgação)

É importante também destacar que, para ser mãe, não é preciso necessariamente, gestar uma criança no ventre, como é o caso da professora Wanessa Tenório, de 35 anos. De acordo com ela, “adotar é amar. As mães que geram também precisam adotar seus filhos, precisam amá-los. É isto que as torna mães. O amor que cada uma tem por eles”. 

Com três filhos biológicos e dois adotados, ela relembra o que a motivou a adotar. "Isso se deu pelo desejo de ser mãe e de entender a família como uma construção afetiva, social e embasada no amor entre seres”. E completa: “Nós adotamos os cinco filhos que Deus nos enviou, uns gerados no meu ventre, outros no ventre de outra mulher”.

Wanessa já tinha um filho biológico, com um ano de idade, quando chegaram dois irmãos. Com três meses, ela descobriu que estava grávida de novo e no ano passado, em meio a pandemia, nasceu mais uma criança. 

Mel Medeiros, 27 anos, já é mãe a espera da adoção (Foto: Karol Rodrigues / Divulgação)
Mel Medeiros, 27 anos, já é mãe a espera da adoção (Foto: Karol Rodrigues / Divulgação)

Também existem aquelas mulheres que já são mães a espera do seu filho. Para a assistente em produção de eventos Mel Medeiros, 27 anos, o processo de espera na fila de adoção também faz parte da transformação em se tornar mãe. “Quando fomos habilitados, senti como se estivesse realmente grávida. É uma certeza de que meu filho vai chegar, a gente só não sabe quando nem como, mas sabemos que ele virá e nada nem ninguém é capaz de tirar isso de mim”, conta.

A produtora ainda conta como surgiu a vontade adotar. “Na minha família a adoção sempre foi uma forma legítima de viver a maternidade/paternidade, e essa naturalidade me fez desejar a adoção antes mesmo de pensar em casar. Quando conheci meu esposo, Daniel Medeiros,  dividi esse sonho com ele e a partir daí começamos a sonhar juntos”.

Sobre o sentimento de ser mãe, ela reflete: “Ser mãe é difícil de explicar, eu sinto que será difícil, já é porque a adoção não é um processo fácil, eu sei que terão lutas até o último dia de vida, mas eu não consigo dar as costas ao desejo de ter meu filho nos braços. É louco e lindo ao mesmo tempo”.
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