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Otimismo pode ajudar na recuperação da Covid-19
Diante da permanência dos sintomas e agravamento do caso, Alejandro foi orientado a procurar atendimento médico e precisou ser internado. Em seguida foi para a UTI, entubado e necessitou de traqueostomia para combater o vírus mais fortemente. O contador foi liberado para voltar ao lar doismeses depois e totalmente livre da Covid-19.
Nos mais de 60 dias, Alejandro se apegou a cada célula do corpo para trabalhar a favor de sua recuperação e acredita que o apoio da família tenha sido imprescindível. Ele é natural do Chile, mas contou que seu renascimento aconteceu em Pernambuco, ao ser confirmada sua cura. O contador relatoucomo foitodo oprocesso de sua recuperação do novo coronavírus e os fatores que contribuíram para que a caminhada até a totalidade da reabilitação pudesse ser alcançada.
Quando foi confirmado que você estava com Covid-19, o que passou pela sua cabeça?
Um medo profundo se instalou em mim. Adoeci em maio do ano passado. Não havia, ainda, estudos e profissionais com experiência no enfrentamento da infecção por SARS-Cov-2 (Covid-19). Pensei: estava me cuidando tanto. Como esse vírus entrou em minha casa? Fiquei muito assustado!
Quando houve o agravamento do caso, o suporte familiar foi essencial para se manter confiante?
Sim! Foi imprescindível. Passei dois meses hospitalizado. Boa parte desse tempo, em situação muito grave. Mas, eu sabia que não estava abandonado. Sei que essa segurança afetiva contribuiu muito para minha recuperação. Em um adoecimento, como o causado pela Covid-19, o suporte familiar faz parte da cura. Funciona como um remédio. Não tenho dúvida. Os profissionais que cuidaram de mim podem testemunhar o bem que a presença de minha esposa e de meu filho me fazia. Meus cunhados, minha sogra, minha mãe e meus irmãos também cuidaram de mim. Um aspecto perverso dessa doença é o isolamento. Por isso, quando algum conhecido adoece, sempre comento que o apoio familiar cura. Lembrei agora de Ernest Hemingway: “Quem estará nas trincheiras ao teu lado? - Isso importa? Se esse escritor me fizesse essa pergunta eu responderia: minha esposa, meu filho, meus cunhados, minha sogra, minha mãe, estão ao meu lado. Eles são e foram essenciais para eu estar aqui hoje contando essa história.
Como foi a experiência de conseguir se curar de uma doença que está assustando tanto?
A sua vida foi ressignificada?
Qual mensagem você deixaria para quem está passando pela situação que você passou?
Que acredite na cura. Que, se tiver crença, tenha fé. Também diria para ter paciência porque, durante o tratamento, cada dia é um dia. Sugeriria que colaborasse, mesmo quando o incômodo, o medo, forem grandes. Hoje sei que acreditar na cura é parte dela.