O detento contou que se inscreveu em 2014, mas foi preso, o que o desestimulou a participar. “A prisão me deixou muito triste e não tive ânimo para estudar e assim passei uns três anos da minha vida. De 2018 para cá estudo todo dia, o dia todo. Minha mãe comprava os livros na feira por R$ 2.00 ou R$ 5.00 e trazia para a penitenciária”, detalhou Ironildo, que é solteiro e pai de um filho adolescente.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio de Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), foram no total de 1.273 pessoas privadas de Liberdade (PPLs) inscritas no Enem 2020.
“Trabalho e educação são os pilares da ressocialização, esta é mais uma etapa importantíssima no processo de recuperação das pessoas privadas de liberdade”, afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
Segundo a Seres, inscreveram-se detentos 24 prisões pernambucanas, sendo 23 unidades prisionais e uma cadeia pública. De acordo com a secretaria, houve um aumento nas inscrições, de 1.162, em 2019, para 1.273 no Enem 2020.
O segundo e terceiro lugares ficaram com Gilvanildo Barros da Silva, da Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em Petrolina, no Sertão, e Josenilson Leite de Oliveira Júnior, da Penitenciária de Tacaimbó, no Agreste. Os dois obtiveram nota 800 e 680 respectivamente.