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Eleições 2020

Segundo turno das eleições termina com movimentação intensa em Boa Viagem

Publicado em: 29/11/2020 18:30 | Atualizado em: 29/11/2020 19:53

 (Sandy James/ DP Foto
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Sandy James/ DP Foto
A votação para 2º turno das eleições neste domingo (29), em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, começou tranquila no início da tarde e ficou intensa próximo do fechamento dos portões. O Diario acompanhou três zonas eleitorais, sendo o Colégio Santa Maria, o maior local de votação do Recife, na 1ª Zona Eleitoral, a Escola Santos Dumont e a Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, ambas que fazem parte da 149ª Zona Eleitoral.

No inicio da tarde, no Colégio Santa Maria, teve baixo movimento. Não houve aglomeração ou panfletos, mais conhecidos como santinhos, jogados no chão. A estudante universitária Cecília Dias, 20 anos, falou da importância do voto para as mulheres. "É importante como um dever do cidadão, e ainda mais importante para as mulheres que [o voto] foi uma conquista bem difícil e acho que a gente tem que honrar as nossas antepassadas, e fazer o nosso papel de escolher os representantes", afirma.

No mesmo local, o médico oftalmologista aposentado Manoel Gonçalves, de 78 anos, que é cadeirante há 7 anos, espera que o candidato ou candidata eleito se preocupe com a acessibilidade. "É um direito cívico de votar. Não tive nenhum receio de sair. Votei com a consciência, esperando quem ganhar faça uma boa gestão da prefeitura. A expectativa é que quem ganhe, trabalhe em prol do povo.  A acessibilidade é muito importante, pois deixa muito a desejar na cidade do Recife". Estão aptos para votar no Colégio Santa Maria  9.554 mil eleitores.

Já no fim da tarde, na Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, com 14 seções, o movimento estava intenso. Para o major militar aposentado Nilton Andrade, a cidade precisa de políticos que desenvolvam o município. "Uma pessoa que administre a cidade do Recife do jeito que ela merece. Sou filho daqui, já andei o mundo, voltei para cá de novo. Mas Recife precisa de coisa boa. Então esperamos que o prefeito e os vereadores desenvolvam seus papéis e façam o que precisa e o que tem que ser feito", disse o aposentado que estava acompanhado da esposa e da filha Larissa, de 14 anos.

Arlete Andrade, 47 anos, militar da reserva e esposa do aposentado, espera dignidade do novo gestor ou gestora da cidade. "Estou avaliando o dia de hoje como um divisor de águas, porque nós temos que exercer nosso direito de voto como cidadãos brasileiros, mas também temos que votar conscientes, né?". Estavam aptas para votar 4.891 mil eleitores na Escola Brigadeiro Eduardo Gomes.

Com 19 seções, foi intenso também o movimento na Escola Santos Dumont, no qual estavam aptas 7.527 mil pessoas para votar no local. O eleitor Wesley Araújo, acompanhado dos filhos Luiz Arthur, 9 anos, e Ana Cecília, 6 anos, explica a importância de votar. "Eu trouxe as crianças para eles entenderem, desde pequenos, a democracia que a gente tem que cumprir, durante todas as eleições. Não tive medo de trazer, pois estamos tomando todas precauções e questões de segurança", explica.

Na mesma escola, a aposentada Luzinete Soares, 61 anos, que estava acompanhada da sua filha Elizabeth Soares, 37 anos, pede uma cidade com mais oportunidades."Eu quero o melhor para a nossa cidade. Minhas reinvindicações estão na melhora da saúde pública, na educação e mais trabalho e que cumpram ao menos da metade que prometerem".

A filha da aposentada, conta que a mãe é deficiente física há 18 anos, desde que sofreu um acidente de carro que comprometeu sua locomoção, e espera uma cidade mais acessível. "É muito importante, apesar de tudo o que está acontecendo, mas a gente não deve deixar de fazer o nosso papel, que é votar. Espero que o eleito seja realmente o necessário para mudar e melhorar a cidade. A gente vê que a cidade em geral precisa muito olhar para a questão das pessoas que tem algum tipo de deficiência e a gente espera que se veja esse outro lado também", afirma Elizabeth.

Em todos os locais de votação havia fiscalização e sinalização para as novas regras de conduta social impostas pela pandemia, como o uso obrigatório de máscara e distanciamento mínimo 1,5 m entre uma pessoa e outra, recomendado pelas autoridades de saúde.  Quanto aos mesários, fiscais e agentes de segurança, todos estavam seguindo os protocolos, fazendo a utilização da máscara facial e realizando a higienização das mãos dos eleitores com álcool em gel, antes de cada pessoa ter contato com a urna eletrônica. Não havia, nos três locais de votação, santinhos ou panfletos no chão e nem nos entornos das escolas. Apesar das orientações, o Diario flagrou no fim da tarde, o desrespeito, por parte de alguns eleitores, com a distância mínima entre as pessoas. Todos usam máscaras.
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