Vida Urbana

Geraldo Júlio sanciona PL que proíbe acúmulo de função de motoristas e cobradores

O projeto de lei 05/2019, que proíbe o acúmulo das funções de motoristas de ônibus e cobrador no transporte público, foi sancionado pelo prefeito Geraldo Júlio. O documento tramita nos órgãos técnicos da prefeitura. A medida passa a valer após publicação no Diário Oficial do Recife, com previsão para este sábado (31).

“O entendimento do Executivo Municipal é que o projeto garante mais segurança aos passageiros do sistema e protege os trabalhadores - que já desempenham uma função de alta responsabilidade -, do desvio de função", informou a prefeitura em nota.

O projeto foi aprovado na Câmara Municipal do Recife na última terça-feira (27), com 32 votos favoráveis e um contra (do vereador André Régis, do PSDB). O parlamentar Ivan Moraes (PSol), autor da ementa que tramitava na Câmara desde janeiro de 2019, falou sobre a importância da medida. “Quem precisa usar o transporte público agora vai poder ter a segurança garantida, porque o motorista vai se preocupar em dirigir. Se a gente não pode dirigir falando no telefone, que dirá passar troco? Não faz o menor sentido”, relatou o vereador.

“A solução é importante para nós rodoviários, pela garantia dos empregos dos trabalhadores, e pela questão da saúde, devido ao nível de estresse e responsabilidade que o acúmulo de função impõe”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários Aldo Lima. “Há um projeto semelhante na Assembleia Legislativa de Pernambuco [Alepe], que esperamos que também avance e tenha efeito”, acrescenta. O projeto de lei 471/2019 que tramita na Alepe, também proíbe o acúmulo das funções de motorista de ônibus e cobrador de tarifas no transporte público, sendo a diferença é que sua abrangência vale por toda Região Metropolitana de Pernambuco.

A Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de transporte, reforçou por meio de nota que continua aguardando a tramitação do processo. “Entretanto, o sindicato manifesta preocupação com a repercussão da medida nos custos do sistema e no valor das passagens, tendo em vista o modelo de financiamento adotado atualmente. A Urbana-PE reforça ainda que apenas 20% das passagens são pagas em dinheiro nos ônibus, o que representa, em média, dez pagamentos por viagem”, diz a nota. Segundo dados do sindicato, o sistema vinha funcionando com cerca de 2,7 mil veículos que realizaram cerca 25 mil viagens, transportando 1,6 milhão de usuários por dia útil até antes da pandemia.

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